João Pessoa, 03 de julho de 2014 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O torcedor italiano Mario Ferri, de 27 anos, que invadiu o gramado da Arena Fonte Nova, em Salvador, durante o jogo entre Bélgica e Estados Unidos, foi notificado pela Polícia Federal a deixar o Brasil até domingo. Nesta quinta-feira, o invasor afirmou que achou a punição ‘exagerada’, mas que, mesmo com a obrigação de sair do país, a atitude ‘valeu a pena’.
– Penso que foi um pouco exagerado [a punição] porque meu propósito era o de passar uma mensagem positiva. Na camisa estava escrito ‘save the favelas children’ (salve as crianças da favela), porque eu vim para cá fazer um trabalho com as favelas como jornalista italiano – disse.
Ferri conseguiu invadir o jogo porque estava bem próximo ao campo, em uma cadeira de rodas, em área reservada a torcedores portadores de deficiências físicas. O italiano diz ter se arrependido de ter utilizado a estratégia para ter acesso ao gramado da Fonte Nova.
– A única coisa de que me arrependo é de ter usado a cadeira de rodas para entrar, mas quero esclarecer que o ingresso que comprei não era para deficientes, era um ingresso normal – garantiu.
O torcedor possui histórico de invasões de campo. Ferri já entrou no gramado de estádios na Itália e Dubai. Na última Copa do Mundo, ele invadiu o palco da partida entre Espanha e Alemanha, pela semifinal do mundial. Marco Ferri fala das invasões e não descarta repetir o feito mais vezes.
– É a décima invasão que faço, sempre deixando mensagens positivas. Estou proibido de entrar na África do Sul, no Brasil, nos estádios italianos, em Londres, em Dubai, pois são todos lugares onde entrei no campo. Se houver a oportunidade e um motivo justo, eu posso fazer de novo em uma outra ocasião – declarou.
De acordo com a Polícia Federal, Mario Ferri foi conduzido do hotel onde estava hospedado, na Baixa dos Sapateiros, em Salvador, por volta das 8h40 desta quinta-feira até o posto de imigração localizado no Corredor da Vitória. Após a notificação, Ferri será liberado e deve deixar o país em até três dias. Do contrário, ele será preso e deportado. Apesar da punição, o italiano é só elogios ao Brasil.
– O Brasil é um país muito bonito, foi uma bela experiência, a polícia me tratou bem – finalizou.
G1
NA ONU - 23/09/2025