João Pessoa, 18 de abril de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
EM PERNAMBUCO

Mãe de vítima de canibais esperava rever filha ainda viva

Comentários: 0
publicado em 18/04/2012 ás 09h16

A mãe da jovem Alexandra da Silva Falcão, uma das vítimas do trio preso em Garanhuns (PE) suspeito de cometer canibalismo, afirmou na terça-feira (17) que tinha esperança de que sua filha ainda estivesse viva.

Selma Maria da Silva conversou com o R7 e contou que, apesar da confirmação da morte da filha, está aliviada por finalmente ter conseguido enterrar o corpo da jovem.Selma contou que, agora, vai se preocupar unicamente em criar e educar os três netos que a filha deixou. O mais novo deles tem apenas quatro meses.

O corpo de Alexandra foi encontrado enterrado nos fundos da casa onde o trio morava em Garanhuns, cidade no agreste pernambucano. No mesmo local, também foi encontrado o corpo de Gisele da Silva, de 31 anos. Ambas teriam sido enterradas no local na semana passada, segundo a polícia. Os corpos de outras seis possíveis vítimas do trio ainda são procurados.

A mãe de Alexandra contou que, no dia 1° de março, a filha pegou um ônibus com uma das suspeitas do crime. A mulher, depois identificada como Isabel Pereira, teria "puxado conversa" com a jovem e oferecido um emprego de babá com salário de R$ 1.500.

– Ela [a suspeita] disse que morava com o marido, que era aposentada e ele também. Minha filha deu o telefone para ela entrar em contato e chegou em casa animada. Ela fazia planos de construir uma casa para morar com os filhos. Eu desconfiei do valor do salário. Muito alto para a atividade na cidade.

Depois desse encontro, Isabel teria ligado para Alexandra e marcado uma entrevista no dia 12 de março. Depois disso, a jovem nunca mais foi encontrada.

– Ela marcou com a minha filha na frente de uma creche. Quando ela chegou lá, ligou para mim. Foi a última vez que tivemos contato. Ela ainda disse que a mulher tentou desmarcar, mas que depois iria [sic].

No mesmo dia, Selma tentou localizar a filha e registrou um boletim de ocorrência. A mãe conta que buscou por pistas da casa onde a filha trabalharia e chegou a falar com a suspeita, que teria contado não saber do paradeiro da jovem.

– Um dia, o delegado me ligou e disse que tinha pistas de onde minha filha estaria, mas não falou mais nada. Depois de alguns dias, ele ligou de novo. Quando estava na delegacia, reconheci a voz da suspeita. O delegado informou que a minha filha estava morta e fizemos o reconhecimento do corpo apenas pelo crânio. Ela estava desfigurada. Até o momento que o delgado afirmou que ela estava morta eu ainda tinha esperança de a encontrar viva.

"Pessoas más"

O trio, preso em Garanhuns (PE) no início da semana, teria afirmado em depoimento à polícia que usava parte dos corpos das vítimas para rechear salgados, como coxinhas e empadas. A informação foi confirmada pelo delegado responsável pelas investigações, Weslei Fernandes.

A investigação revelou ainda que os criminosos escolhiam as mulheres que acreditavam ser "pessoas más" para virarem suas vítimas.

R7

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
0
Adoraria saber sua opinião, comente.x