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“Crise política ajuda oposições”, dizem especialistas

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publicado em 05/04/2016 às 10h21
atualizado em 05/04/2016 às 07h45

O programa Frente a Frente desta segunda-feira reuniu quatro especialistas para discutir o impacto da crise política nas eleições municipais de outubro. O programa na TV Arapuan, apresentado pelo jornalista Heron Cid, reuniu os publicitários Ruy Dantas e Arturo Arruda e os estatísticos Paulo De tarso e Emanuelson Borges.

Paulo De Tarso (do Instituto Consult) destacou que nunca a imagem do política foi tão negativa. “Pesquisa que fizemos mostra desinteresse do eleitor. Perguntamos em qual candidato o eleitor votaria para presidente da República. E sabe quem ganhou? Nenhum! A resposta nenhum teve 29%!!!”, disse ele. O estatístico falou, ainda, que a crise do Governo federal atinge os Estados e os municípios, afetando a geração de renda e as gestões.

O publicitário Ruy Dantas (da Sin Comunicação) lamentou as pessoas estejam comparando o político à corrupção. “OAB, por exemplo, quase todos os estados elegeram candidatos da oposição. É provável que o momento seja favorável à mudança. Há o risco muito grande de voto de protesto”. Para Ruy, a crise é tão forte que o País precisará de mais oito anos para retomar um pico de crescimento. Neste momento, ainda conforme o publicitário, é muito difícil tirar o PT do poder. “O militante do PT é doutrinado.  Não é fácil tirar o PT do poder devido à essa estrutura partidária”. Se Charliton Machado for candidato do PT a prefeito de João Pessoa terá excelente desempenho, conforme Ruy, ajudando a levar as eleições para o segundo turno.

Também publicitário, Arturo Arruda, reforçou que o PT tem uma base muito forte junto aos sindicatos e às centrais sindicais. O PT, segundo ele, encontrou uma tábua de salvação ao criar o discurso do golpe. Arturo disse ser evidente o mal que a crise atual causa na imagem dos políticos em geral. “A situação é tão complicada que gestores que pagam salários do funcionalismo em dia são elogiados”. O PT deixou de ter diferencial. Lula deixou de ter o poder de eleger até ”postes”, conforme Arturo.

Falta monitoramento de rejeição, conforme o publicitário Emanuelton Borges. Ele enfatizou que esses índices são decisivos na reeleição de um prefeito. “Falta monitoramento da rejeição, que começa gradativamente. A rejeição acontece devido à insatisfação do eleitor”. Emanuelton lembrou, ainda, que os cortes nos gastos do Governo Federal paralisaram a máquina pública de Estados e municípios.

Jãmarrí Nogueira-MaisPB

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