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Graduada em direito e pós graduada em direito criminal e família, membro da academia de letras e artes de Goiás, tenho uma paixão pela escrita Acredito no poder das palavras para transformar realidades e conectar pessoas

DELÍRIO NECESSÁRIO

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publicado em 16/07/2025 ás 08h27

Às vezes, muitas vezes, escrever é delirar,
É mergulhar no papel os devaneios da mente,
É rasgar o peito sem avisar,
É sangrar palavra em meio à gente.

É tropeçar nas lembranças antigas,
É curar-se com cada estrofe doída,
É fazer da dor matéria-prima,
E da escrita, um sopro de vida, um viéis mais contundente.

A poesia é febre que arde em alto grau
É prisão doce que a alma alcança.
É o grito contido no silêncio,
É a dança estranha do pensamento.

O verso é faca, é também lenço.
É espinho no papel e flor no vento. Aromas e sentimentos.
É quando o poeta enlouquece totalmente calado
E o poema responde, sussurrado:

“Vai, derrama teu mundo na rima,
Nem tudo precisa fazer sentido —
A beleza mora, às vezes, na esquina
Do verbo ferido e do sonho perdido.”

E assim, entre o fim e o abrigo, o perigo
Entre a razão e o abismo no olhar, o amar
O poeta se escreve, se reconstrói e avança
E encontra na loucura…
seu jeito de se curar.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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