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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Tarde Demais para Esquecer

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publicado em 06/12/2025 ás 07h00
atualizado em 05/12/2025 ás 15h55

Fui. Não fui. Não vou. Morreu. Morfeu acabou com o sonho impossível, mas os sonhos mais lindos, sonhei. Outro dia assisti pela décima vez An Affair to Remember, o filme de Leo McCarey, 1957 – e eu nasci tres anos depois.  Tarde demais Pra Esquecer ou um caso pra recordar? Sei lá

Eis que o ano acabou e já posso repetir infeliz ano velho depois eu tomo vergonha na cara e, finalmente, subo no tamborete e faço o meu discurso oculto do pagode que deu lugar à gargalhada e as lágrimas e deram lugar à  uma história de amor contada por Rubem Fonseca. Adoro ele, adoro você.

Putz que delírio!

De lá pra cá, me chama pra dar uma e dar 2, eu fui embora de Pasargada expulso pelo pai do Bandeira, viajei pela Velha Zelândia, volto pro Sertão, meu porto alegre, me mudei pra outra cama, voltei  pra Tambaú e cá estou, sem uma boa nova desculpa pra não escrever nada.

O mais provável é que esse seja o último trem do Pagode do meu viver e que uns outros novos ares surjam nas paredes do estomago. Não sei quando, mas acho que é o mais acertado ou arretado o sujeito – ser insano  que teve estreia quando ainda existia o Astrea, no mundo dos Rolling Stone, logo eu que sempre não gostei dos Beatles e só comentava isso no escuro para o o mundo não me avacalhar.

E durante o sono um século curti muito escrever e ver a repercussão dos outros até ir pra floresta e perder a vontade de beijar na boca de Alice. Meu objetivo principal sempre não dançar conforme a música e lá eu achei que era melhor falar sobre as minhas experiências pai filho espirito santo, algo que não combina com meu de general.

Agora que estou de volta, pretendo retomar as escrituras passar pelo mar egeu, mas não podia fazer isso sem fechar um ciclo, que começou exatamente nos anos dourados, com um post sobre o nada.

Nada mais justo do  que terminar as coisas da mesma forma, noutra vibe, relacionado à maior outra banda da laranja

Kapetadas

1 – Melhor morrer de amor do que viver de boletos.

2 – O erro ortográfico é a sinceridade da palavra.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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