João Pessoa, 09 de agosto de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Fui ao Colégio João XXIII e lá, a moça disse no microfone da capela que Bethoven tinha morrido. Não foi exatamente assim. Ela disse que a missa era para Beethoven, que havia falecido ontem pela manhã.
Gostava de conversar com ele, mas não íamos muito longe.
Um dia ele me disse que Forrest Gump nunca foi um idiota. Ou ao menos é assim que a sociedade o considera, meu caro B. Estigmatizado por seu QI baixo, Forrest nunca acreditou ter nascido para grandes feitos. E nem de longe, ele pode disfarçar. Bethoven gostava do filme de Robert Zemeckis, cuja sacada, além do amor, da amizade e da capacidade de superar obstáculos, mesmo quando se é diferente. Bethoven era genial.
Nunca falamos das coisas múltiplas, que rajem pelo olhar ao escutarmos a Nona Sinfonia, nem eu sabia, que ele queria falar sobre o outro Beethoven.
Bethoven era funcionário dos Correios do Tribunal de Justiça, mas ele não carimbava postais, nem nunca abriu uma carta de amor, até porque esse tipo de correspondência não chega até o TJPB.
Atolado no fluxo abismal da rotina, meio galego, Bethoven nunca me falou de amor, se ele tinha um amor, e se esse era o amor, era o amor vida.
Onde cabia sua alma, ele estava presente, um cidadão educado, pacato, na dele.
Bethoven não foi ao show do Roberto. Me disseram que ele estava acamado.
Olhos são faróis, mas quando a morte chega, naufraga todo sinal de esperança, solene ou impetuosa.
Bethoven morreu no mesnmo dia que Arlindo Cruz, cada um com sua cruz.
Bethoven morreu!
É isso, quando o ponto final chora, ele vira uma vírgula.
Kapetadas
1 -Atire a primeira pedra quem nunca atirou a primeira pedra.
2 – Quando Pedro fala de Paulo, sabe-se mais de Pedro do que de Paulo. Mas tem gente que mesmo assim prefere Pedro.
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VÍDEO - 08/08/2025