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Bolsonaro diz ter sofrido “alucinação” antes de abrir tornozeleira; juíza mantém prisão

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publicado em 23/11/2025 ás 13h54
Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, durante a audiência de custódia deste domingo (23), que passou por uma espécie de “alucinação” antes de tentar abrir a tornozeleira eletrônica. Segundo ele, o episódio estaria relacionado ao uso de medicamentos. O ex-presidente negou qualquer intenção de fuga.

Após analisar o caso, a juíza auxiliar Luciana Sorrentino manteve a prisão do ex-presidente, entendendo que os procedimentos adotados pela Polícia Federal ocorreram dentro da legalidade.

A audiência foi realizada por videoconferência diretamente da Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, para onde Bolsonaro foi levado na manhã de sábado. O procedimento foi conduzido por um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a ata da audiência, Bolsonaro relatou ter acreditado que havia algum tipo de escuta instalada no equipamento: “O depoente afirmou que estava com ‘alucinação’ de que tinha alguma escuta na tornozeleira, tentando então abrir a tampa”. Ele disse ter usado um ferro de solda por volta da meia-noite, mas garantiu que interrompeu a ação ao “cair na razão” e, em seguida, avisou os agentes de custódia.

Bolsonaro também relatou que tem enfrentado noites mal dormidas e que iniciou o uso de um dos remédios citados apenas quatro dias antes da tentativa de violar o dispositivo. Afirmou ainda não se lembrar de ter vivenciado um episódio semelhante anteriormente.

Decisão mantida

Nesta segunda-feira (24), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal vai decidir se mantém ou revoga a prisão. Votarão os ministros Flávio Dino (presidente do colegiado), Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Alexandre de Moraes não participa da análise, por ser o responsável pela decisão inicial.

Se a Turma referendar a determinação, a prisão preventiva de Bolsonaro poderá seguir por tempo indeterminado, enquanto a Justiça considerar a medida necessária.

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