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Lula rebate defesa de Trump a Bolsonaro: “Dê palpite na sua vida, e não na nossa”

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publicado em 07/07/2025 ás 13h48
atualizado em 07/07/2025 ás 16h35
Créditos: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (7), por meio de uma publicação em rede social, que a defesa da democracia no Brasil é responsabilidade exclusiva dos brasileiros e que o país não tolera qualquer tipo de interferência de agentes externos.

Durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro sobre a conclusão da cúpula do Brics, Lula mandou Trump “cuidar da vida dele”.

“Tenho coisa mais importante para comentar do que isso. Esse país tem lei, tem regra e tem um dono, chamado povo brasileiro. Portanto, dê palpite na sua vida, e não na nossa”, citou Lula, ao ser questionado sobre a declaração de Trump.

A declaração ocorre após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicar em sua plataforma Truth Social uma mensagem em defesa de Jair Bolsonaro. Embora não tenha citado nomes, a manifestação de Lula foi interpretada como uma resposta indireta ao norte-americano, que criticou as investigações e decisões judiciais contra o ex-presidente brasileiro.

“A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito”, afirmou Lula na publicação.

Mais cedo, Trump havia classificado como “terrível” o tratamento recebido por Bolsonaro no Brasil. O ex-presidente dos EUA disse ainda que acompanha de perto a situação e afirmou que Bolsonaro “não é culpado de nada”.

Bolsonaro enfrenta atualmente diversas ações judiciais. Ele é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de envolvimento em tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou o ex-presidente inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

A decisão do TSE teve como base uma reunião com embaixadores, realizada em julho de 2022 no Palácio da Alvorada e transmitida pela TV oficial do governo, na qual Bolsonaro atacou, sem apresentar provas, a integridade do sistema eleitoral brasileiro.

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