João Pessoa, 14 de novembro de 2025 | --ºC / --ºC
Dólar - Euro

Kubitschek Pinheiro
O escritor Palmari de Lucena lança, nesta sexta-feira, seu novo livro Cartas Apócrifas, às 18h30, na Academia Paraibana de Letras (R. Duque de Caxias, 37 – Centro, João Pessoa). A obra marca um dos momentos mais inventivos de sua trajetória literária. O selo é da Editora Ideia
Em Cartas Apócrifas — sua criação mais desafiadora — Palmari assume múltiplas vozes e perspectivas, navegando pela fronteira entre ficção, filosofia e testemunho. Seu texto dialoga de maneira orgânica com o cordel, a história e o pensamento contemporâneo, transformando a literatura em um território de resistência cultural, onde o local e o universal se reconhecem e se enriquecem mutuamente.
A noite de lançamento contará com a apresentação da obra por Hildeberto Barbosa Filho e a apresentação do autor por Helder Moura, dois nomes essenciais da crítica e da literatura paraibana.
O livro reúne sessenta cartas, cada uma escrita a partir de personalidades reais ou imaginárias, como José Carlos Silva, Ângela Bezerra de Castro, Augusto dos Anjos, Gaudí, John Lennon, Hamlet e James Dean. Um segundo volume, também com sessenta cartas, já está previsto para ser lançado no próximo ano, ampliando essa cartografia literária de vozes, tempos e mundos.

Segundo o autor, Cartas Apócrifas nasceu da escuta. “Não é um livro sobre o passado, mas sobre o diálogo que atravessa o tempo. São cartas dirigidas a homens e mulheres de todas as épocas — figuras históricas, artistas, pensadores, santos e heréticos — unidos por uma mesma inquietação: compreender o ser humano e o seu destino. Cada correspondência é um gesto de reconciliação entre fé e razão, sonho e responsabilidade, arte e consciência”
Cartas Apócrifas é, portanto, um convite ao diálogo— da memória, da arte e da humanidade que reverbera em cada uma dessas cartas impossíveis, mas profundamente verdadeiras.
Neste Livro, o sétimo de Palmari di Lucena, ele se coloca no lugar do personagem – numa performance literária enriquecedora.
São sessenta cartas, um segundo volume com o mesmo número de cartas será laçado em 2026
“Excelente observação — e muito apropriada para Cartas Apócrifas.
De fato, colocar-se no lugar do personagem é uma das tarefas mais complexas e delicadas da literatura epistolar e performática. No caso de Cartas Apócrifas, a dificuldade vai além da mera “interpretação”: o autor não apenas encena a voz de outro, mas assume suas contradições, seus silêncios e até o modo como esse outro enxerga o mundo”.
CABEDELO - 13/11/2025