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Graduada em direito e pós graduada em direito criminal e família, membro da academia de letras e artes de Goiás, tenho uma paixão pela escrita Acredito no poder das palavras para transformar realidades e conectar pessoas

E agora, Mané?

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publicado em 14/10/2025 ás 07h00
atualizado em 13/10/2025 ás 19h46

Ele, o machão chega com o peito estufado e a certeza de que manda no mundo.
Desconfia de um olhar, um comentário, um like e pronto: faz o maior alarde.
Grita, acusa, faz discurso de moralista e se veste de vítima ferida.
No fundo, é medo: medo de perder o controle, medo de perceber que a mulher que ele tenta dominar já aprendeu a andar sozinha.

No início, ele bate na mesa, jura que “acabou”, faz questão de ser visto como o forte da história.
Mas o tempo é um espelho cruel — e quando ela não corre atrás, não liga, não se explica,
o machão começa a desmanchar.
A voz engrossada vira sussurro, o orgulho se dissolve em saudade, e o que era arrogância vira tentativa de reconquista.

É nessa hora que o papel se inverte.
O mesmo homem que quis provar poder descobre que a força está justamente no silêncio dela.
O amor-próprio já fechou a porta, trocou a fechadura e colocou o tapete escrito: “não insista.”

Porque mulher que aprende o próprio valor não regride.
E o machão, coitado, descobre tarde demais que o silêncio dela dói mais do que qualquer resposta.

E agora, Mané?

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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