Eu acreditava muito que, se você não mexesse com ninguém, ninguém mexia com você, óbvio, mas não é exatamente assim. Era uma crença simples, quase ingênua, que me trazia uma certa paz. Mas a vida, com seu jeito peculiar de nos ensinar, mostra que não é bem assim.

As pessoas se incomodam com a evolução de outras pessoas e isso é notório, com seus gostos, com tudo que você faz e até mesmo com o que você deixa de fazer. É curioso como ser verdadeiro pode provocar reações inesperadas., mas eu não abro mão.  Enquanto eu tentava viver em harmonia e me manter à margem das contendas, percebi que minha luz despertava diferentes reações nas pessoas. Fazer o quê, se muitos vieiram para ao mundo e perderam a viagem.

É como se, ao brilhar do meu jeito, eu estivesse seguindo meu caminho e isso gerasse um contraste com aqueles que estavam em busca da própria luz. O que parecia ser uma escolha de vida pacífica se transformou em um convite para críticas e olhares tortos. Meu Deus… A verdade é que ser quem somos é um terreno delicado; nem todos estão prontos para aceitar isso.

Nesse jogo de aparências, (e eu estou fora)  percebi algo importante: as pessoas muitas vezes invejam o que você é e não o que você tem. O que você possui pode ser conquistado por qualquer um, mas a sua sapiencia é única e inimitável. Aqueles que se sentem incomodados muitas vezes estão lutando contra suas próprias paredes e inseguranças.

Aprendi que não posso controlar as reações alheias. Nem devo sequer pensar. Posso apenas ser fiel ao que sou e ao que gosto. O desafio é aceitar que não dá para agradar a todos e que isso tudo faz parte da caminhada. Como disse o poeta Carlos Drummond de Andrade, “no meio do caminho tinha uma pedra” – cada um que tire a pedra do seu caminho.

Portanto, vou dançando a vida. Se minha participação provoca desconforto em alguns, isso diz mais sobre eles do que sobre mim. E vou vivendo: sem medo de ser quem sou e sem deixar de brilhar por conta dos outros. Eu sou Antonia

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