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O governador João Azevêdo (PSB) se manifestou, nesta segunda-feira (18), sobre a operação do Ministério Público da Paraíba (MPPB), que investiga seis policiais militares suspeitos de envolvimento em uma chacina em Conde que terminou com a morte de cinco pessoas.
Em entrevista ao Programa Hora H, da Rede Mais, o gestor destacou que confia no sistema de segurança estadual mas pede cautela para apurar possíveis excessos.
“Os nossos policiais enfrentam todos os dias uma batalha muito difícil, que é ir para rua enfrentar marginais arriscando sua própria vida e cada ação tem sua reação. É preciso apurar, saber se teve excessos ou não teve excessos. Eu fico muito tranquilo em relação a isso porque todos os dias vocês veem a atuação dos nossos policiais. É preciso que se faça o levantamento, a apuração, para que se tiver tido excesso, que se corrija”, avaliou.
O governador enfatizou que não se deve transformar “marginais” em vítimas em função de uma operação, lembrando que os envolvidos na chacina eram criminosos que tinham a missão de executar pessoas.
“Mas eu confio muito no sistema de segurança pública da Paraíba que tem dado respostas positivas. Tanto é assim que somos considerados, pelo 5° ano consecutivo, o melhor sistema de segurança pública do Norte-Nordeste. Isso é pela ação, atuação e força. Não se pode transformar, em função de uma operação, essas pessoas em vítimas, porque na verdade não são. Eram marginais que saíram com a missão de executar pessoas e se depararam com a Polícia. Então temos que apurar para ver se teve excesso ou não, mas eu tenho muita confiança na minha Polícia”, concluiu.
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O caso
Seis policiais militares foram alvo de uma operação, na manhã desta segunda-feira (18), suspeitos de envolvimento em uma chacina em Conde, no dia 15 de fevereiro, que terminou com a morte de cinco pessoas. A ação, coordenada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), cumpre 12 mandados judiciais, sendo seis de prisão temporária e seis de busca e apreensão.
Os mandados judiciais foram expedidos pela Vara Única do Conde. Nesta manhã foram presos cinco agentes. Um dos alvos está fora do Brasil, segundo a defesa.
A ação conta com o apoio do Núcleo de Gestão do Conhecimento (NGC), Polícia Militar e da Polícia Civil da Paraíba.
A operação, chamada Arcus Pontis, tem a participação de 72 integrantes, entre promotores de Justiça, integrantes do NGCSI, policiais militares, inclusive com o apoio da respectiva Corregedoria, além de policiais civis.
MaisPB
VEREADOR QUESTIONA - 09/10/2025