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CRM vai apurar se houve erro médico na aplicação irregular de remédios em CG

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publicado em 20/05/2025 ás 15h24
atualizado em 20/05/2025 ás 16h06
Sede do Conselho Regional de Medicina da Paraíba, em João Pessoa (Foto: Divulgação)

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) abriu, nesta terça-feira (20), uma sindicância para apurar irregularidades na aplicação de medicamentos oftalmológicos no Hospital das Clínicas, em Campina Grande.

De acordo com o órgão, o intuito é investigar se houve irregularidades por parte do médico responsável por aplicar o remédio. Parte do produto estava fora da validade.

O CRM disse que se comprovado o erro médico será aberto um processo ético profissional para apurar a responsabilidade de cada um.

“Importante ressaltar que o CRM-PB é um tribunal ético, que avalia a conduta do médico na questão ética. As questões civil, criminal e penal são avaliadas por outros órgãos”, diz o órgão.

O Conselho destacou que até agora nenhum familiar ou paciente procurou a entidade para fazer denúncias.

O Caso 

A Secretaria de Saúde do Estado abriu um procedimento, nesta terça-feira (20), para investigar possíveis irregularidades em cirurgias oftalmológicas realizadas no último dia 15, em Campina Grande. Os procedimentos foram executados pela empresa Fundação Rubens Dutra Segundo, contratada pela SES.

De acordo com a pasta, os profissionais e o fornecimento de materiais utilizados durante as intervenções foram de responsabilidade exclusiva da empresa.

Dos 64 pacientes submetidos às cirurgias, nove apresentaram desconfortos persistentes durante o período de recuperação, com suspeita de baixa visão. Após análise dos materiais da empresa que estavam dentro do hospital, a Secretaria identificou 30 frascos da medicação utilizada, dos quais seis estavam vencidos e abertos, com indícios de terem sido utilizados nos pacientes que apresentam sintomas graves.

“Diante dessas irregularidades, a SES instaurou processos administrativos, éticos e criminais para investigar as responsabilidades da empresa e apurar as condutas adotadas no caso. O contrato com a empresa foi suspenso na manhã de hoje, e a mesma responderá administrativamente e criminalmente pelos fatos apurados”, diz a nota.

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