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De acordo com dados recentes do estudo intitulado “Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20: Caderno Desigualdades – Primeiras análises”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a linha de pobreza internacional está estabelecida em US$ 2,15 por dia. Índia, Brasil e Indonésia lideram as maiores proporções de pessoas em situação de pobreza extrema entre os 19 países membros do Grupo dos Vinte (G20).
A Índia é o país líder em proporção de pobres no G20, com 12,9% da população abaixo da linha de pobreza internacional. É importante ressaltar que a Índia é atualmente o país mais populoso do mundo, com 1,417 bilhão de habitantes e a quinta maior economia do planeta, com um Produto Interno Bruto (PIB) nominal de US$ 4,2 trilhões, conforme o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O Brasil ocupa o segundo lugar entre os 19 países membros do G20 com as maiores proporções de pessoas em situação de pobreza, com 3,5% da população vivendo abaixo da linha da pobreza internacional. Apesar de ser o sétimo país mais populoso do mundo (com 203 milhões de habitantes), o quinto maior em extensão territorial (8,5 milhões de quilômetros quadrados) e a nona maior economia do planeta (PIB de US$ 2,1 trilhões), o Brasil enfrenta desafios significativos relacionados à pobreza extrema.
A Indonésia está em terceiro lugar entre os países do G20, com taxas de pobreza relativamente altas em comparação com outras nações do grupo, com 2,5% da população abaixo da linha de pobreza internacional. A Indonésia é a décima sexta maior economia do planeta, com PIB de US$ 1,4 trilhão, e a quarta nação mais populosa do mundo, com 275,5 milhões de habitantes.
Quanto aos dez países analisados pelo IBGE, o México, Argentina, Itália, Turquia, Reino Unido (RU), Estados Unidos da América (EUA) e França ocupam o quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono e décimo lugares, respectivamente. No entanto, os dados da África do Sul, China, Japão, Rússia, Alemanha, Canadá, Arábia Saudita, Austrália, e Coreia do Sul não foram incluídos na relevante análise do IBGE.
Para uma compreensão mais abrangente da posição do Brasil em relação à pobreza dentro do G20, é relevante notar que a proporção de pobres na França era de 0,1%, enquanto nos EUA e no RU eram de 0,2% em 2021 (IBGE, 2024). A França, um país desenvolvido, é apontada com a menor proporção de pobres do G20 pelo IBGE.
É importante destacar que a posição do Brasil pode variar dependendo das métricas específicas de pobreza e dos dados utilizados. Diferentes estudos e organizações nacionais e internacionais podem adotar abordagens distintas para medir a pobreza, o que pode levar a variações nos rankings mundiais.
Entretanto, é fundamental reconhecer que a pobreza e a desigualdade são questões complexas e multifacetadas, que envolvem uma série de fatores econômicos, sociais, ambientais e políticos. No caso do Brasil, esses desafios frequentemente estão relacionados a questões como acesso desigual a oportunidades educacionais, mercado de trabalho limitado, distribuição desigual de recursos públicos e políticas econômicas e sociais inadequadas para lidar com essas sérias questões.
Em suma, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são 17 e ODS número 1 é a “erradicação da pobreza” até 2030. Portanto, é necessário trabalhar em conjunto para acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. A erradicação da pobreza extrema no Brasil depende muito do crescimento econômico do país, da expansão dos programas de proteção social, da ampliação do acesso aos serviços públicos essenciais como saúde, educação e saneamento básico, além de outras políticas econômicas e sociais que visem à redução da desigualdade econômica, à promoção da inclusão social e à geração de empregos formais.
REFERÊNCIAS
IBGE. Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20: Caderno Desigualdades – Primeiras análises. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv102080.pdf. Acesso em: 10 abr. 2024.
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