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Francisco Leite Duarte é advogado tributarista, auditor-fiscal da Receita Federal (aposentado), professor de Direito Tributário e Administrativo na Universidade Estadual da Paraíba, doutor em direitos humanos e desenvolvimento. Na Literatura, publicou os romances “A vovó é louca” e “O Pequeno Davi”, uma coletânea de contos chamada “Crimes de agosto”, um livro de memórias (“Os longos olhos da espera”), e dois livros de crônicas.

Nós, os caçadores

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publicado em 29/09/2023 ás 07h00
atualizado em 28/09/2023 ás 21h49

Você já percebeu que sempre estamos procurando alguma coisa? Comida, dinheiro, amor, loucuras, confusões, afeto, dominar, impor nossas verdades e mentiras, tirar a paz de alguém?

Se,  antes, nossos instrumentos eram o tacape, a flexa, a força bruta, hoje, são as dancinhas, os discursos, as mentiras, o marketing, as fakes news, as tentativas de golpes de Estado.

A grande maioria da população  trabalha para procurar comida, outros se dedicam apenas às enganações, confabulações, mas isso é, também, o exercício da caça, ainda que uma procura daninha.

E o sorriso… Ah, o supremo instrumento das procuras. Com ele, algumas pessoas caçam no atacado e no varejo. A dissimulação também, nobre estratégia da arte de buscar apoio, seguidores, babões, compradores dos nossos produtos.

Todo caçador é um estrategista e por isso seletivo, afinal, nem todos estão à caça de trabalho ou de algo mais honroso. Tem caçadores que só querem galgar uma posição social, nem que vendam a alma.

Os políticos, os melhores caçadores! Pelo voto de um pobre de direita, até se humanizam, depois  injetam na cabeça deles titica de galinha, transformando-os em zumbis, desses que acreditam em Bozo ou em políticos do PL.

Epa, epa! Não é  dessas fedentinas que queremos falar. O assunto  é outro. E todos sabem que o devido processo legal exige a procura de provas robustas dos crimes praticados pelos golpistas, traidores da democracia, ex-presidente aloprado, ladrõezinhos de joias, juízes amarrecados, velhas cagonas no Congresso Nacional.

E ter paciência. Toda busca é temporalizada, sobretudo para pôr na cadeia um cidadão, ainda que esse nunca tenha respeitado a liturgia do cargo, as quatro linhas da Constituição, as conquistas civilizatórias. Isto se chama institucionalização, a força da democracia!

Mas, afinal, de que mesmo estávamos falando? Em verdade, eu queria escrever sobre outra coisa, fazer uma propaganda dos meus livros, mas como hoje é quinta feira, eu me perdi pelo caminho.

@professorchicoleite

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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