João Pessoa, 07 de novembro de 2014 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
As mudanças climáticas alarmantes apontadas pelas Nações Unidas (ONU), no último dia 3, poderão transformar alimentos, como o chocolate e feijão, em produtos raros. A afirmação foi feita pela Agência Europeia do Meio Ambiente (EEA), nesta quinta-feira (5).
"As mudanças climáticas representam um fenômeno atual que através do aumento de temperatura e as mutações dos regimes de chuvas podem acarretar eventos climáticos extremos, mais frequentes e intensos", diz o relatório da EEA.
Segundo a agência, esses eventos extremos podem causar um impacto negativo sobre a natureza, a saúde humana, a economia e a alimentação. O aumento da temperatura média do planeta influenciaria diretamente as produções mundiais, como as de cacau e café. Isto porque regiões produtoras, como a África e o Brasil, sofreriam com secas e possíveis pragas nas lavouras.
Estudos, dizem a EEA, comprovam que o aumento de apenas um grau na temperatura média do mundo poderá diminuir o ritmo de crescimento de milho e outros grãos em 7%. Já um estudo recente publicado na revista Nature detectou queda na produtividade do milho na ordem de 4% nos últimos anos. A produção de feijão já perdeu 25%. O estudo também aponta para o risco de danos nos cultivos de frutas, como pêssego, ameixa e cereja.
O EEA também afirma que regiões quentes como a Califórnia e a Austrália, deverão ser mais afetadas. Até 2050, estas regiões podem perder até 70% das áreas cultiváveis. Em um planeta mais quente, diz a agência, cresce a possibilidade de doenças, já que o aumento da evaporação diminuirá o rendimento do solo e das plantas.
Folha
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