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AGRICULTURA

Senador propõe soluções para queda de na safra de cana

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publicado em 31/05/2012 ás 08h45

Preocupado com a instabilidade nos preços e na produção do açúcar e do etanol praticados no Brasil em especial na Paraíba o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), analisou o levantamento revelado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão do Ministério da Agricultura onde revelou uma queda de 20% na produção de cana com relação ao que estava sendo esperado neste ano e mesmo que ocorram chuvas regulares nos próximos dias, será difícil recuperar o que já foi perdido.

 A previsão divulgada pela Conab é de que a produção do Estado atingiria 7,16 milhões de toneladas na safra 2012/13, uma alta estimada anteriormente de 10,2% sobre a do ano passado (6,5 milhões de t). O volume deveria gerar 283,7 mil toneladas de açúcar, enquanto de etanol serão produzidos 363 milhões de litros. Com a redução, a produção de cana-de-açúcar deverá cair para 5,7 milhões de toneladas.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool na Paraíba (Sindialcool), Edmundo Barbosa, a perda de 20% do plantio da cana deverá causar uma redução de cerca de 15% na produção de açúcar e de álcool neste ano quando comparado ao ano passado.

 Vital do Rêgo cita que há alguns meses pesquisadores do Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresa (PECEGE), composta por Leonardo Botelho e Maria Alice Móz, juntamente com o assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Ricardo Severo estiveram na sede da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (ASPLAN-PB) para a realização de um painel, que fez parte do Projeto Campo Futuro. Durante o trabalho, os pesquisadores fizeram um panorama das práticas agrícolas utilizadas pelos produtores rurais na última safra e constataram uma queda significativa, em torno de 20%, na produção.

 Aflito com a falta de uma política de incentivo fiscal para a produção de etanol no Estado o senador Vital lembra que o Governo da Paraíba podia tomar como exemplo a atitude do governo gaúcho que vai anunciar ainda esse ano um programa de incentivo ao etanol, com ICMS menor para produtores e usinas de biocombustível. “A intenção é estabelecer um cenário que oriente e proteja os consumidores de etanol, buscando alternativas para o aumento da produção e ainda contribuindo para a definição de um marco regulatório estável com um conjunto de normas e leis para regular o funcionamento deste setor produtivo”, disse Vital.

 Querendo estimular o consumo do etanol que considera ser um combustível mais limpo para o meio ambiente e que rende mais durabilidade para os motores, o congressista aprovou recentemente no Senado Medida Provisória (MP) que confia à ANP a fiscalização e regulamentação da produção dos biocombustíveis, antes considerados um subproduto agrícola. A medida também reduz o percentual mínimo de álcool que pode ser adicionado à gasolina, passando a ser de 18%, e não 20%. O máximo permanece em 25%. O objetivo é diminuir o impacto direto do preço do etanol no preço da gasolina. “A mudança aumenta a margem de manobra das autoridades frente às flutuações de oferta e preço do álcool anidro. Espera-se, assim, reduzir os riscos de desabastecimento e de altas exageradas de preço do álcool” explicou o relator, Vital do Rêgo (PMDB-PB).

 Vital que é titular da Subcomissão Permanente de Acompanhamento da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 (CMACOPOLIM), já tinha levantado essa polemica em torno do etanol quando analisou o estudo recente do engenheiro agrônomo Edgar Gomes Ferreira de Beauclair, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), que coordena um grupo de estudos sobre cana-de-açúcar onde mostra que até a Copa do Mundo de 2014, o Brasil seguirá enfrentando problemas de desabastecimento deste combustível, o que segundo o parlamentar já fez o governo ligar o sinal de alerta. Segundo o senador o que se vê na Paraíba não é muito diferente do resto do Brasil, onde o presidente do Sindalcool- PB, Edmundo Barbosa concorda com o senador no tocante a falta de políticas públicas claras para o incentivo a produção.

 Outras soluções para o aumento do consumo – Para o senador peemedebista a solução passa pela ampliação dos investimentos no setor sucroalcooleiro e por uma política pública energética para atrair o investidor. Quem agradece ao apoio do senador peemedebista é o presidente da pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank, onde explicou que para continuar suprindo metade do combustível utilizado por veículos leves no Brasil e metade do açúcar negociado no mundo é preciso dobrar a produção nacional, “atingindo a ambiciosa meta de 1,2 bilhão de toneladas de cana-de-açúcar por ano até 2020″. Na opinião do executivo, “a exemplo do que tem sido feito com a gasolina, a principal política que deve ser adotada para restaurar a competitividade e retomar o crescimento do etanol é a desoneração tributária”.

Assessoria

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