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Luiza Erundina diz que Lula cedeu a chantagem de Maluf

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publicado em 21/06/2012 ás 09h08

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Record News nesta quarta-feira (20), a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cedeu a chantagens de Paulo Maluf ao comparecer à sua residência para o encontro em que foi selada aliança com o PP para a campanha do pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.

— Há informações seguras de que, por exigência do Maluf, ele só anunciaria seu apoio ao candidato com o Lula na sua casa. Inclusive, ele ameaçou adiar o anúncio da aliança com o PT caso o Lula não comparecesse à sua residência para celebrar o acordo.

Contrariada com o acordo, Erundina, que havia sido indicada pelo PSB para ser vice de Haddad, decidiu abandonar a chapa. Para ela, as imagens de Lula com Maluf durante a reunião, que ocorreu na segunda-feira (18) nos jardins da casa do líder do PP, que também é deputado federal, foram "a gota d’água".

A parlamentar contou que a presença de Maluf na coligação encabeçada pelo PT gerou uma "situação constrangedora" para ela, que tem o deputado do PP como um adversário histórico.

— Não se trata da aliança com o PP, mas com o Maluf. Segundo ele, ele e o partido são os mesmos. Maluf é nefasto, perverso, um atraso. É o passado mais triste deste País.

Na opinião de Erundina, a maneira como Maluf arquitetou o anúncio da aliança com o PT foi uma estratégia para ressurgir no cenário político nacional.

Alianças

A ex-prefeita também criticou o atual sistema de política de alianças dos partidos brasileiros.

— Isto não é razoável, é um atraso na concepção da política que já está há tempos superada. Temos muito a melhorar no processo eleitoral, e isso só virá com uma reforma política.

Para Erundina, que foi prefeita de São Paulo entre 1989 e 1993, o PT paga um preço muito alto ao se aliar a Maluf para aumentar o tempo de Haddad no programa eleitoral de rádio e TV.

— Acho absurdo subordinar certas questões, como alianças com essa figura e desta forma, por causa de alguns segundos a mais no horário eleitoral. É superestimar um meio que não é absolutamente definitivo para o resultado da eleição.

R7

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