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Cícero e Kumamoto promentem priorizar saúde e acabar com perseguições

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publicado em 18/07/2012 ás 12h27

Em reunião realizada com médicos que atuam na rede pública na noite desta terça-feira (17), o candidato à Prefeitura de João Pessoa Cícero Lucena (PSDB), da Coligação Por Amor a João Pessoa, Sempre – formada pelo PSDB, PSC, PSDC, PTN, PRTB, PHS, PT do B e PSL –, se disse “estarrecido” com a situação da saúde na capital e anunciou que vai se empenhar para transformar o município em referência nacional em saúde pública. Para Cícero, o que se vê atualmente é descaso, confronto e perseguição.

“Hoje, a saúde em João Pessoa é uma questão emergencial. É impressionante como em uma cidade com quase um milhão de habitantes vemos um hospital sendo fechado, como o Santa Maria, em Mangabeira”, disse Cícero, após ouvir dos médicos relatos que incluíram o fechamento de leitos de UTI e o adiamento de cirurgias na rede municipal de saúde devido à falta de materiais básicos, de aparelhos de diagnóstico e de profissionais de saúde.

Cícero convidou os médicos a construírem junto com ele e com o médico Ítalo Kumamoto, candidato à vice pela Coligação, as propostas do Programa de Governo para a área de saúde. “Vamos estabelecer como meta planejar João Pessoa para um milhão de habitantes”.
Segundo Cícero, os problemas na rede pública de saúde do município, que atende a cerca de 80% da população pessoense, vão da atenção básica, como a falta de médicos nas equipes do Programa Saúde da Família (PSF), aos procedimentos de alta complexidade, como a falta de centros especializados em cirurgias cardíacas e neurológicas.

“É preciso oferecer um atendimento mais humanizado à população, e qualificar e estimular os profissionais da área de saúde”, disse.

Saúde como prioridade –  Entre os eixos que irão nortear a construção do Programa de Governo de Cícero e Kumamoto em conjunto com a classe médica estão: priorizar a saúde; respeitar o serviço público; não privatizar os serviços e torná-los mais eficientes.

Além de destinar 20% do orçamento à saúde, Cícero quer implantar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Saúde (PCCS), priorizar os servidores de carreira nas funções gerenciais, dar posse aos aprovados e contratar novos profissionais através de concursos públicos.
 

Cícero também defendeu a descentralização da gestão da saúde através da ampliação de cinco para sete distritos sanitários, dotados, cada um deles, com até 30 equipes de PSF, Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e centros de especialidades médicas, odontológicas e de reabilitação e fisioterapia.

O Programa de Governo de Cícero e Kumamoto contempla ainda a reabertura do Hospital Santa Maria, a construção de novas unidades hospitalares e do Centro Municipal de Radiodiagnóstico, o fortalecimento da parceria com o Hospital Universitário Lauro Wanderley (UFPB) e a redefinição do perfil do Hospital Santa Isabel para média e alta complexidade. Há também uma proposta para a construção do Hospital do Cérebro e do Coração.

A fim de dar mais qualidade à atenção básica, Cícero quer criar a carreira do PSF, utilizar tecnologias da informação e retomar o programa de distribuição de medicamentos de uso contínuo pelos correios, que atendia cerca de 25 mil pessoas no período em que ele foi prefeito de João Pessoa (1997-2004).

“Sei que hoje há um caos na saúde de João Pessoa bem maior do que quando assumi a Prefeitura pela primeira vez, mas eu gosto de desafios e uma das coisas que me estimulou a me candidatar este ano foi ter sido procurado por profissionais da saúde que falaram sobre a situação da rede municipal”, afirmou Cícero.

Falta respeito –
Para o médico anestesista Aurílio Estrela, nem o profissional de saúde nem a população vêm sendo respeitados. “Dá pena ver pessoas humildes mendigando uma cirurgia cardíaca ou ginecológica”, afirmou.

Adriano Sérgio Freire Meira, otorrinolaringologista, disse que as redes estadual e municipal não prestam assistência digna e que acredita em dias melhores caso Cícero Lucena, “que sempre foi compromissado com a saúde”, se eleja.

“Nós, da área da saúde, não somos meros mercantilistas. O que a gente quer é poder dizer ao paciente ‘vou lhe ajudar’, e não ‘volte amanhã’”, desabafou o médico.

Assessoria 

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