João Pessoa, 27 de julho de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Autor da denúncia do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson disse à Folha que atribui o surgimento do tumor no pâncreas à pressão que diz receber desde que delatou o esquema, em 2005.
Ele será submetido a cirurgia amanhã, no Rio. Segundo seus médicos, as chances de cura são de 60% a 70%, caso não sejam descobertas metástases em outros órgãos.
"Isso é pressão, é pau. Foi um para-choque meu. Tensão, pressão, sofrimento. Tem um lugar em que explode. Eu somatizei", disse.
O presidente nacional do PTB começará a ser julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na próxima quinta-feira. Ele é um dos 38 réus da ação que investiga o maior escândalo do governo Lula.
"Não é consequência do julgamento, é a briga toda. As pressões todas do processo, a cassação, a luta", afirmou.
Depois de denunciar o escândalo, Jefferson foi alvo de três CPIs, teve o mandato cassado e perdeu os direitos políticos. A exemplo de outros réus, passou a enfrentar hostilidade nas ruas.
"Todo o processo público é muito sofrido. Você vai a locais públicos e tem pessoas que entendem e pessoas que não entendem", disse.
Ele foi incluído entre os réus do processo por ter recebido R$ 4,5 milhões do esquema de Marcos Valério.
Nega ter participado da venda de apoio ao governo no Congresso e diz que o PT repassou o dinheiro para cobrir gastos eleitorais do seu partido em 2004.
Folha.com
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