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A Justiça da Austrália recusou, na madrugada deste domingo (16), o pedido do tenista sérvio Novak Djokovic para permanecer no país mesmo sem estar vacinado contra a Covid-19. Com a decisão, o jogador está fora do Australian Open – um dos maiores torneios de tênis do mundo.
Djokovic iria estrear na competição na próxima segunda-feira (17), mas com a derrota na justiça, ele terá que deixar o país e também não poderá disputar o Grand Slam.
A de Djokovic reverteu, na última segunda-feira (10), o primeiro cancelamento do seu visto, o que permitiu ao tenista se preparar e treinar para o Australian Open.
A audiência teve início às 19h30 de sábado (horário de Brasília; manhã de domingo na Austrália) e se estendeu até por volta das 16h30 de domingo, hora local da Austrália.
O juiz federal Anthony Kelly, responsável por liberar Djokovic no início da semana, havia ordenado que as autoridades de fronteira não removessem o atleta do território australiano enquanto sua contestação legal estivesse em andamento. Com isso, após ter realizado alguns treinos de preparação para o Grand Slam durante a semana, o sérvio foi levado novamente para o hotel de detenção.
Novak Djokovic viajou à Austrália sem estar vacinado contra a Covid-19, exigência para entrar no país, após receber uma dispensa do comprovante de imunização concedida pela organização do Australian Open e pelo governo estadual de Victoria. A isenção foi dada porque ele apresentou um exame positivo para o coronavírus realizado em 16 de dezembro, na Sérvia.
Essa autorização, porém, é contestada pelo governo federal, que não considera a infecção recente de Covid-19 como um critério válido para dispensar a vacinação como requisito de entrada. Por esse motivo, no dia 6, quando o tenista desembarcou no aeroporto de Melbourne, foi determinado o cancelamento do seu visto e a detenção em um hotel de imigração.
Na segunda-feira (10), o juiz federal Anthony Kelly decidiu pela liberação do tenista após considerar que os agentes de imigração falharam nos procedimentos com o atleta. Ele não teria recebido tempo suficiente para entrar em contato com advogados e organizadores do torneio para tentar esclarecer a situação. Não foi julgado o mérito da isenção de vacina.
MaisPB com Folha de São Paulo
MOBILIDADE - 24/10/2025