João Pessoa, 02 de janeiro de 2022 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Pouca gente sabe que o reservado governador da Paraíba já foi assíduo frequentador da Festa das Hortências, tradicional na década de 60, 70 e 80 no popular bairro de Cruz das Armas ou que o engenheiro João Azevêdo mantém em casa instrumentos musicais, herança dos tempos de guitarristas da banda da escola industrial. “Ainda tenho violão e teclado em casa. O que não tenho mais é o tempo”, confessa.
Menos paraibanos ainda conhecem os bastidores que a vida do governador e da família foi investigada por Ministério Público, Tribunal de Justiça, Superior Tribunal de Justiça e Polícia Federal e nem dos momentos de tensão interna no governo e no PSB no auge da Operação Calvário, e das decisões que tornaram impossível a convivência entre ele e o seu principal cabo eleitoral de 2018, o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), alvo principal da maior investigação contra corrupção governamental na Paraíba.
O estopim? As exonerações de “algumas figuras” e a ruptura com as organizações sociais. “Hoje está comprovado o mal que essas estruturas causavam à Paraíba”, crava, para relembrar os conflitos gerados pelas decisões que “contrariaram interesses”. “Não faltou lealdade. Cada um que tive que afastar eu expliquei o motivo porque estava afastando. Foi feito olho no olho”, revelou.
Essas e outras revelações foram captadas durante uma entrevista de uma hora e doze minutos, na Granja Santana, onde mora e despacha, muitas vezes, das 8h às 21h, o governador da Paraíba. Aliás, a chamada “residência oficial” será transformada em ambiente de exposição de obras de artistas paraibanos com visitação aberta ao pública. “Esse é meu sonho e estou falando pela primeira vez”, antecipou João, na conversa com os jornalistas Heron Cid e Wallison Bezerra, da Rede Mais.
ZONA AZUL - 22/09/2025