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Francisco Leite Duarte é Advogado tributarista, Auditor-fiscal da Receita Federal (aposentado), Professor de Direito Tributário e Administrativo na Universidade Estadual da Paraíba, Mestre em Direito econômico, Doutor em direitos humanos e desenvolvimento e Escritor. Foi Prêmio estadual de educação fiscal ( 2019) e Prêmio Nacional de educação fiscal em 2016 e 2019. Tem várias publicações no Direito Tributário, com destaque para o seu Direito Tributário: Teoria e prática (Revista dos tribunais, já na 4 edição). Na Literatura publicou dois romances “A vovó é louca” e “O Pequeno Davi”. Publicou, igualmente, uma coletânea de contos chamada “Crimes de agosto”, um livro de memórias ( “Os longos olhos da espera”), e dois livros de crônicas: “Nos tempos do capitão” …

Vida ou liberdade?

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publicado em 10/12/2021 às 06h56

Se a gente do governo prefere a liberdade à vida, está tudo explicado. Não entende nem de uma, nem de outra, daí o resultado: um país vazando merda por todos os lados.

E que merda! A mais nova diarreia governamental transforma o país no paraíso livre da Covid, o local onde negacionista não vacinado encontra guarida, para vir disseminar a doença.

Também pudera! Um país que permite a um juiz que deteriora o sistema de justiça a possibilidade de ser candidato a presidente da República só pode estar completamente falido moralmente, afinal, se o cara não teve ética para ser juiz, imagine para ser presidente da República.

Mas, voltemos ao assunto do momento. Como se tem coragem de contrapor a vida à liberdade? Se essa cusparada de irresponsabilidade tivesse saído da boca de um desses adolescentes deslumbrados com o umbigo e com o empreendedorismo de araque em voga, ainda assim seria necessário: condenar a comparação; ensiná-lo que, sem vida, não há como falar em qualquer outro direito fundamental; dizer que é falso esse dilema; informar que deveria medir as palavras antes de soltá-las ao vento, etc. e tal e tal e tal.

Estupidez desse quilate não se perdoa. Saída da boca de um agente público, em missão oficial, a gente fica com vontade de engulhar as tripas, com vergonha de ser brasileiro, com uma sensação de que nos encalacraram na loucura de alguém e que o país se perdeu desmiolado e sem a mínima compostura.

Como chegamos a isso, meu Deus? Logo agora que usam e abusam do Teu santo nome? Tudo em vão! Como chegamos a isso, meu Deus, na oficialização de um destempero? Foi pensando dessa forma que chegamos a mais de 600 mil mortes pela Covid-19, tudo normalizado, sem remorsos, capitaneado por uma gente que relativa o bem mais sagrado, elevado pela Constituição como fundamento da República: a dignidade da pessoa humana.

Mas, isso não importa, não é? O que importa é colocar a Bíblia acima de todos, um terrivelmente evangélico no Supremo Tribunal Federal, afinal, a liberdade é o que importa. A vida… Ah! Essa vida…

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* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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