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Trabalhadores da Caixa aceitam proposta e encerram greve

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publicado em 28/09/2012 ás 14h04

A maioria dos empregados da Caixa Econômica Federal decidiu, em assembleias realizadas nesta quarta, quinta e sexta-feiras, aprovar a proposta de reajuste apresentada pelos bancos e encerrar a greve da categoria.

Segundo informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a proposta da Caixa foi aprovada em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Bahia, Pará, Curitiba, Campo Grande, Campinas, Pernambuco, Espírito Santo, Paraíba, Piauí e Mato Grosso. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários (SEEB), a proposta foi aceita também em Santa Catarina.

Os empregados da Caixa ainda permanecem em greve em Belo Horizonte, Porto Alegre, Sergipe e Acre, dentre outros, segundo informações dos sindicatos para a Contraf-CUT.

"Também retornam ao trabalho nesta sexta-feira os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e do Banco Amazônia, que aprovaram igualmente as propostas específicas conquistadas com a greve. Ainda permanecem em greve os empregados do Banrisul e do Banese (Banco do Estado de Sergipe)", afirma a Contraf-CUT em nota.

Privados e BB – Nos bancos privados e no Banco do Brasil, a greve dos bancários terminou nesta quarta-feira (26). Os trabalhadores decidiram aceitar a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que elevou a 7,5% o reajuste dos salários dos trabalhadores, um aumento real de 2%. A proposta também prevê aumento de 8,5% no piso salarial e no valor dos auxílios-refeição e alimentação; e uma alta de 10% na parcela fixa da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A proposta anterior previa reajuste de 6% nos salários.

Os bancários reivindicavam reajuste de 10,25% nos salários (aumento real de 5%), uma participação nos resultados equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos, piso salarial de R$ 2.416,38, criação do 13º auxílio-refeição e aumento dos benefícios já existentes para R$ 622, fim da rotatividade e das metas "abusivas", melhores condições de saúde e trabalho e mais segurança nas agências.

Os dias de greve não serão descontados dos bancários, mas terão de ser compensados. A reivindicação dos bancários era anistia, mas a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não aceitou e apresentou a mesma regra do ano passado de compensação até 15 de dezembro, diz a Contraf. Assim, os dias parados serão compensados em, no máximo, duas horas por dia, de segunda a sexta-feira, exceto sábados, domingos e feriados. O que ultrapassar esse período não será considerado.

Procurada pelo G1, a Fenaban disse que não irá se pronunciar sobre o fim da greve.

Segurança nas agências – De acordo a Contraf, a negociação feita com a Fenaban também prevê a criação de um projeto piloto em Recife para melhorar a segurança nos bancos. Nas agências da cidade, deverão ser instaladas portas giratórias detector de metais, biombo entre caixas e fila, e "talvez entre os próprias caixas uma divisória", disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "Esse projeto vai ter um prazo que ainda não está definido. Aí vamos ver o que aconteceu com os roubos, com as mortes".

Balanço – Segundo Cordeiro,a greve dos bancários fechou mais de 9 mil agências no país na terça (25). De acordo com dados do Banco Central, há 21.713 agências bancárias no país, ou seja, 40% das agências ficaram com as portas fechadas. A greve começou no dia 18, fechando 5.132 agências, de acordo com a Contraf.

G1

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