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Líderes evangélicos dizem que decreto mais rígido penaliza igrejas

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publicado em 24/02/2021 às 16h36
atualizado em 24/02/2021 às 16h38
Jutay Meneses, Sérgio Queiroz e Rômulo Pinheiro

Líderes de segmentos evangélicos em João Pessoa manifestaram nas últimas horas críticas e discordância da decisão, contida em decreto estadual publicado ontem, que suspende realização de cultos e cerimônias nos próximos quinze dias e fecha templos religiosos. Pastores reivindicam tratamento isonômico dispensado a a estabelecimentos comerciais, que continuam funcionando em horários limitados.

O pastor e deputado estadual Jutay Meneses (Republicanos), da base governista, criticou a medida: “Nós, enquanto igreja não somos diferentes ou inferiores dos segmentos que vão poder continuar abertos? No ano passado, tudo foi fechado. O que mudou do ano anterior para este ano para estes mesmos estabelecimentos estarão abertos, e apenas as igrejas estarem fechadas?”.

Sérgio Queiroz, da Cidade Viva, se disse indignado com a “maneira como as igrejas estão sendo tratadas nesse processo, como se fossem elas a razão do problema, as culpadas pelo aumento da pandemia”.

“As igrejas estão proibidas de celebrações, mesmo com limitações e todos os padrões de segurança. Esse tratamento é inconstitucional (viola a liberdade de culto), não isonômico. Por que apenas as igrejas e outros segmentos abertos?”, questionou, acrescentando uma pergunta: “O que é mais fácil contaminar-se numa mesa de bar, onde todos estão sem máscaras, ou na igreja, onde todos estão com máscaras”

Para o apóstolo Rômulo Pinheiro, da Igreja Sal e Luz, “foi a partir do mal exemplo da classe política, na campanha e comemorações, que a coisa degringolou”. “Aí tivemos festas de fim de ano, férias, carnaval. Vimos farras e o que o poder público fez? Nada. E agora as instituições religiosas vão pagar essa conta?”, criticou.

O decreto publicado pelo Governo da Paraíba suspende missas, cultos religiosos e cerimônias religiosas. Em entrevista ontem ao Programa Hora H, da Rede Mais, o governador João Azevêdo (Cidadania) disse que é simplista e hipócrita quem a leitura de quem associa fechamento de igrejas com a manutenção de bares e restaurantes abertos em horário reduzido.

MaisPB

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