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PF apreende quase R$ 400 mil no apartamento de líder do PL na Câmara

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publicado em 19/12/2025 ás 09h19
atualizado em 19/12/2025 ás 10h18
Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) apreendeu, na manhã desta sexta-feira (19), cerca de R$ 400 mil em espécie em um endereço do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), em Brasília. O dinheiro foi encontrado durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão na operação Galho Fraco.

De acordo com investigadores, o valor em espécie foi encontrado dentro de um saco preto, em um armário no flat do deputado, na capital federal.

Sóstenes foi alvo de mandados durante a ação policial que investiga suposto desvio de cotas parlamentares por meio de contratos falsos com uma locadora de veículos. A operação também mira o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).

A operação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo as investigações, os deputados são suspeitos de desviar verba pública para empresas de fachada, entre elas, uma locadora de veículos.

Veja a nota do deputado Jordy na íntegra:

“No dia de hoje, endereços ligados a mim e ao líder do meu partido, deputado Sóstenes Cavalcante, foram alvo de buscas da Polícia Federal, autorizadas pelo ministro Flávio Dino.

As diligências são um desdobramento de buscas realizadas em dezembro do ano passado e teriam como foco supostas irregularidades no aluguel de veículos do meu gabinete. Uma das alegações é que a empresa contratada — da qual sou cliente desde 2019 — possuiria apenas cinco veículos. Se o contrato existe há anos, o que a operação anterior não encontrou para justificar nova ação agora?

Não cabe ao parlamentar fiscalizar a frota ou a estrutura interna da empresa contratada, mas sim contratar o serviço mais eficiente e pelo menor custo, como sempre fiz.

É inadmissível, em uma democracia, que a Polícia Federal seja usada para intimidar parlamentares da oposição. Buscas contra deputados exigem indícios concretos de crimes graves e a atuação de autoridades imparciais.

Causa estranheza que eu e o deputado Sóstenes, justamente quando investigamos o roubo de bilhões do INSS, tenhamos endereços violados e documentos apreendidos enquanto exercemos nosso dever constitucional de fiscalização.

Seguirei firme na oposição e na CPMI do INSS. Essas ações não irão me intimidar nem interromper meu trabalho em defesa dos aposentados”.

MaisPB