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CRUZ VERMELHA

Diretor revela o que está por trás das denúncias contra o Trauma de JP

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publicado em 05/12/2012 ás 08h32

O diretor técnico do Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena, de João Pessoa, Edvan Benevides, disse nesta quarta-feira que as denúncias contra a undiade têm motivações políticas e coincidem com o período de renovação de contratos com cooperativas.

Um dos denunciantes, o médico Aristávora Fernandes, diz Edvan, foi candidato a vereador em João Pessoa pelo PT do B. Já o cirurgião Petrúcio Sarmento tentou em 2011, sem sucesso, deflagrar movimento de greve no Hospital.

"A mesma história está se repetindo agora por conta de que estamos novamente em período de renovação contratual com as cooperativas médicas. Para se ter uma ideia o valor do plantão médico pago hoje no Hosp. de Trauma é de R$ 1000,00 (mil reais) durante a semana e R$ 1350,00 (mil, trezentos e cinquenta reais) nos fins de semana. Em nenhum local do Nordeste se encontra valor de plantão neste patamar", disse Edvan.

Ele enviou ao Portal MaisPB um relatório rebatendo as denúncias, ponto a ponto. Confira abaixo.

Acusação: “O Hosp. de Trauma não tem medicação básica e diminuiu a quantidade de profissionais médicos no plantão”

Resposta: Realmente houve falta de algumas medicações nos últimos dias. O problema da falta foi resolvido definitivamente no dia de hoje. A falta que houve foi de medicamentos analgésicos, anestésicos e alguns poucos antibióticos. Não comprometeu o serviço porém realmente causaram transtornos dos últimos 15 dias para hoje. Um Hospital da dimensão do Trauma pode ocorrer falta de algum ou outro medicamento. Temos um estoque de R$ 3.500.000,00 (três milhões e meio de reais) em medicamentos, correspondente a mais de 2500 medicações diferentes. A falta que houve foi pontual e não geral.
Em relação à falta de profissionais NÃO houve redução do número de médicos no serviço. Inclusive no plantão noturno do médico que fez a denúncia temos 6 cirurgiões gerais no plantão.

Acusação: “Há macas do SAMU retidas no Hosp. de Trauma”

Resposta: Essa informação é puro factoide. Como nosso atendimento é porta aberta e demanda espontânea, dependendo do fim de semana ou até durante a semana, pode ocorrer de alguns pacientes terem q ser atendidos na maca das ambulâncias enquanto se consegue um leito dentro da área em que o paciente se encontra. Não houve NENHUM protesto por parte do SAMU neste sentido nem retenção de macas. O que podemos afirmar é um aumento considerável de atendimentos de pacientes, inclusive, fora do perfil de atendimento do Hosp. de Trauma. Não podemos colocar, por exemplo, o paciente no chão e sim teremos que atendê-lo, seja na maca da ambulância seja em nossos leitos. Inclusive quando a imprensa local estava no Hospital hoje não havia uma MACA sequer retida e também nenhuma ambulância aguardando para ser liberada. Outro fato é que tanto a Coordenação da PRF quanto a do SAMU-JP em nenhum momento manifestou qualquer insatisfação neste sentido. Fiz contato pessoalmente com as Instituições através de seus Coordenadores e não me passaram nenhuma informação negativa.

Comparativo do  Trauma após a introdução da Gestão Pactuada com a Cruz Vermelha:

1. Leitos de UTI:
Antes do Governo RC: 24 leitos em UTI (10 na UTI Adulto, 8 na UTI II, 6 na Semi-Intensiva)
Após o Governo RC e Gestão Pactuada com a CVB: 44 Leitos (18 na UTI Adulto, 8 na UTI II, 6 na Semi-Intensiva, 8 na UTI 13 de Maio)
Retaguarda: 4 leitos UTI Flávio Ribeiro
Lembrando que no dia 08/01/2012 inauguramos a UTI do 13 de Maio com 8 leitos. Em Fevereiro inauguramos a AMPLIAÇÃO da UTI Adulto;
Total de Leitos em UTI: 44 leitos adulto
Pediatria: 4 leitos de Cuidados Intensivos na UTI Pediátrica

2. Leitos de retaguarda:
Antes do Governo RC: 20 enfermaria (H. Flávio Ribeiro)
Após o Governo RC e Gestão Pactuada com a CVB: 32 enfermaria (H. Flávio Ribeiro) + 36 (H. 13 de Maio) + 50 leitos em negociação

3. Contratos Trabalhistas:
Antes do Governo RC: nenhum;
Após o Governo RC e Gestão Pactuada com a CVB: 1838 funcionários com contrato celetista com todos os direitos trabalhista – carteira assinada;
Todos os funcionários ou são EFETIVOS ou tem contrato com carteira assinada (CLT).
 

MaisPB

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