João Pessoa, 03 de fevereiro de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O candidato a presidência do Paraguai pelo partido Unace e general reformado que viveu no Brasil no exílio, Lino Oviedo, morreu após a queda de um helicóptero na noite deste sábado (2), na província de Chaco. O presidente Federico Franco enviou condolências à família de Oviedo.
General reformado e fundador do União Nacional de Cidadãos Éticos (Unace), Oviedo, de 69 anos, embarcou na noite de sábado no helicóptero para voltar a Assunção após participar de um comício na cidade de Concepción, mas a aeronave perdeu contato com a torre de controle poucas horas depois, por volta das 22h – horário local.
Membros do Serviço de Busca e Resgate, compostos por homens da Força Aérea e do Corpo de Bombeiros Voluntários, localizaram um helicóptero acidentado na cidade de Presidente Hayes com os corpos carbonizados de três pessoas.
Segundo a agência de notícias oficial do Paraguai, morreram também o piloto da aeronave, Delmás, e o guarda-costas do político, Denis Galeano.
segundo a agncia de notícias Reuters, em 2009, Oviedo tentou abrir um processo (negado pela Justiça) de indenização contra o Estado por tê-lo acusado de promover uma tentativa de golpe. Oviedo reivindicava US$ 20 milhões.
Oviedo foi condenado a dez anos de prisão por ignorar a autoridade do presidente Juan Carlos Wasmosy em abril de 1996, quando o país iniciava uma transição para a democracia, mas ainda vivia sob ameaças de golpe.
O então comandante do exército foi passado para a reserva e posteriormente julgado em um tribunal militar, que o considerou culpado por sublevação. Oviedo passou anos exilado e na prisão, até que a Corte Suprema revertesse a sentença em 2007, após uma negociação política.
Em 2009, seu advogado disse que, por causa do processo, Oviedo perdeu a oportunidade de chegar à presidência da república em 1998, quando teve de deixar sua candidatura para o seu companheiro de chapa, Raúl Cubas, que acabaria eleito.
Lino Oviedo era filho de Ernesto Oviedo, ex-combatente da guerra do Paraguai e Bolivia, de 1932 a 1935, e da revolução de 1947.
G1
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