João Pessoa, 19 de março de 2013 | --ºC / --ºC
Dólar - Euro
Subiu para 24 o número de mortos pela chuva em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, segundo informou no início da tarde desta terça-feira (19) a assessoria do Corpo de Bombeiros. Três corpos – de dois meninos e uma menina – foram encontrados em um córrego na altura do km 82 da BR-040, no bairro Bingen. Segundo os bombeiros, os corpos percorreram cerca de um quilômetro desde o local do deslizamento que atingiu as crianças.
A chuva que atinge a região desde a noite de domingo (17) e que se intensificou na madrugada de segunda (18) já deixou outras 18 pessoas feridas e 1.466 desalojadas e desabrigadas.
A Prefeitura de Petrópolis contratou mais 100 pessoas para ajudar no trabalho de limpeza e recuperação da cidade.
Ao todo, 18 abrigos recebem pessoas que tiveram que deixar suas casas. Os locais precisam, de acordo com a administração municipal, de material de limpeza e higiene, como sabonete, papel higiênico, desinfetante, sabão em pó, além de colchonetes. O local para a entrega de doações é na rua Doutor Sá Earp, no Centro da cidade.
Por volta das 6h desta terça, os bombeiros retomaram as buscas pelos desaparecidos nos pontos mais críticos atingidos pelo temporal. Durante a madrugada, 18 sirenes foram acionadas nas comunidades como alerta.
Durante as 24 horas anteriores de chuva, o índice pluviométrico do bairro Quitandinha, o mais atingido pelo temporal, chegou a 428 milímetros, quase o dobro do esperado para todo o mês de março. Pelo menos quatro pessoas morreram nessa área. No bairro Independência foram confirmadas três mortes.
"Desde o início da operação, fizemos 37 ações de busca e resgate. Resgatamos 39 feridos e, lamentavelmente, na noite de ontem, computamos a décima sétima vítima fatal", informou o secretário estadual de Defesa Civil, Sérgio Simões, no início da manhã, antes da confirmação do aumento do número de mortos.
‘Não pode deixar construir’
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (19), ao ser perguntada por jornalistas sobre quais seriam as medidas "um pouco mais drásticas", defendidas por ela na segunda, para evitar desastres causados pela chuva, que não se pode "deixar construir" em áreas de risco.
Dilma havia afirmado ontem que "vão ter de ser tomadas medidas um pouco mais drásticas para que as pessoas não fiquem nas regiões que não podem ficar, porque aí não tem prevenção que dê conta".
Nesta terça, ela voltou a comentar sobre o assunto, pouco antes de participar de uma reunião com o presidente da Eslovênia, Borut Pahor, em Roma. "Não deixar construir. Não pode deixar construir. Em uma questão de emergência, a pessoa tem que sair. Tem que ter essa consciência", afirmou a presidente.
Na manhã desta segunda, Dilma ligou para o governador Sérgio Cabral oferecendo ajuda. No Brasil, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, foi mobilizada para, segundo a presidente, prover "todos os recursos necessários para que não haja mais vítimas".
Na tarde de segunda, o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, recebeu o governador Sergio Cabral, parte do secretariado estadual (Defesa Civil, Obras, Assistência Social, Educação, Cultura, Agricultura, Transportes e Governo) e mais a presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, com três representantes do órgão, para dar início às ações conjuntas.
Junto com os R$ 200 mil liberados por Bomtempo para a realização de compras emergenciais de colchões, cobertores, alimentos, água potável e produtos de higiene pessoal, por meio do Fundo de Assistência Social, o governo do Estado afirmou que vai destinar mais R$ 3 milhões para dar continuidade às ações.
G1
ENTREVISTA À REDE MAIS - 10/11/2025