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Indústria brasileira tem o pior desempenho entre países emergentes

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publicado em 12/05/2013 ás 08h55

O desempenho da indústria brasileira em 2012 foi o pior entre 25 nações emergentes e importantes economias da América Latina.

A queda de 2,6% na produção industrial do país foi, de longe, a mais acentuada do grupo. O Egito, segundo pior colocado, registrou contração de 1,9%.

A indústria brasileira como componente do PIB (Produto Interno Bruto) –que, além da produção de manufaturados, inclui setores como construção civil e energia elétrica– também amargou a maior contração no mundo emergente. A queda desse indicador foi de 0,8%.

Os dados são da consultoria britânica EIU (Economist Intelligence Unit) e mostram que o retrato de crise no setor é renitente. Em 2011, o resultado da produção industrial brasileira já figurava entre os três piores do grupo analisado.

Segundo especialistas, os números confirmam que problemas domésticos têm exercido maior influência sobre a trajetória da indústria do que a crise externa.
"Esses dados causam muita preocupação. A crise externa existe e afetou todos, mas fomos piores do que os demais", afirma Flávio Castelo Branco, gerente de política econômica da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

DESACELERAÇÃO GLOBAL – Robert Wood, analista da EIU, diz que a expansão do comércio global de produtos manufaturados desacelerou de 6,3%, em 2011, para 2,5% no ano passado.

Esse movimento, afirma Wood, levou a uma perda de fôlego da indústria mundial. "Em um cenário de oferta excedente de produtos manufaturados, países com competitividade baixa, como o Brasil, sofreram mais."

O encolhimento da indústria brasileira em 2012 contrasta com a expansão robusta do setor em alguns países asiáticos. O desempenho também foi inferior ao dos principais mercados latino-americanos e até ao de países emergentes da Europa, região que está no epicentro da crise internacional.

Em 2013, a indústria deve ter melhor desempenho, de acordo com economistas. Mas os dados já divulgados apontam uma recuperação ainda frágil.

Segundo Castelo Branco, da CNI, a confiança dos empresários brasileiros, que ensaiou uma retomada no início deste ano, já mostra sinais de arrefecimento.
"Este ano será melhor, mas é uma recuperação fraca, considerando o resultado muito ruim de 2012."



Folha

 
 

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