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Depois de peemedebistas da Câmara contrariarem o governo durante a votação da MP dos Portos, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta sexta-feira (17) que os dois partidos vivem o "melhor momento" da aliança. Já o líder da legenda na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), pivô do conflito com o governo durante a votação, afirmou que é preciso "discutir a relação".
A aprovação da medida provisória que estabelece novas regras para o setor portuário era considerada fundamental pelo governo. A MP foi aprovada na Câmara com dificuldade, após duas madrugadas consecutivas de sessões. Em seguida, foi enviada ao Senado, onde passou após oito horas de discussão.
Um dos motivos para a demora na conclusão da análise de matéria na Câmara foi uma decisão de Eduardo Cunha, que ao ter uma emenda derrubada no voto, exigiu a apreciação individual de cada uma das propostas de alteração que ainda constavam na pauta.
Renan afirmou ainda que considera natural a existência de correntes diferentes dentro do partido e eventuais desgastes na relação com o PT.
“É natural [que haja desgaste], é do processo democrático”, afirmou, mas ressalvou que, “do ponto de vista da aliança política, vivemos o melhor momento. O que importa é o resultado. O Congresso Nacional aprovou a medida provisória dos portos. Era isso que a sociedade queria”.
Cunha classifcou a relação entre os dois partidos como um "casamento", mas disse que é preciso "discutir a relação".
"A nossa relação é um casamento. E casamento a gente tem que discutir. Vamos discutir a relação. Essa discussão acontece toda a hora e vai acontecer agora também", afirmou.
Cunha voltou a destacar que o PMDB não é "vassalo" do governo e tem o direito discordar do Planalto. "Não somos vassalo. Apoiamos a maioria das propostas, mas temos nossas próprias posições, e temos o direito de defendê-las."
Após a votação da MP dos Portos no Senado, o líder do PMDB Eunício Oliveira afirmou que, na Casa, o PMDB votou em peso a favor da medida provisória.
“Na quarta (15), eu passei o dia no telefone. Conversei com vários senadores do PMDB que tinham passagem marcada e pedi que eles comparecessem. Apenas um senador do partido faltou, e outros três se recusaram a votar. Todo o restante da bancada votou com o governo, não teve um único voto contra”, disse o líder.
G1
VEREADOR QUESTIONA - 09/10/2025