João Pessoa, 31 de maio de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Os níveis de radiação em Marte estão acima dos limites estabelecidos pela Nasa e podem causar danos à saúde dos astronautas. A descoberta – feita pelo robô Curiosity, que está no planeta desde agosto – foi anunciada ontem pela própria agência e seus detalhes serão publicados hoje pela revista Science.
A Nasa, porém, se mostrou otimista e disse que as medições proporcionam "informações vitais" para a elaboração de sistemas que protegerão os astronautas em expedições futuras.
O detector de radiação do laboratório, que funciona dentro do robô, mediu a radiação a que se submeteria um ser humano em viagem de ida e volta a Marte, de oito meses de duração. O cálculo não inclui a radiação a que um astronauta seria submetido enquanto estivesse na superfície do planeta.
Os tipos de radiação que são danosos para os humanos são os raios cósmicos galáticos – GCR, na sigla em inglês – e partículas causadas por explosões de supernovas e outros corpos de alta energia fora do sistema solar. Além disso, também há perigo nas partículas energéticas solares (SEP) associadas às erupções do Sol.
"Baseando-se nas medições, a menos que os sistemas de propulsão avancem rápido, uma grande parte da exposição à radiação durante a missão será durante a viagem de ida e volta, quando a nave espacial e seus habitantes vão se expor à radiação ambiental no espaço interplanetário, protegidos apenas pela própria nave", disse o cientista Cary Zeitlin.
Segundo algumas projeções, uma viagem humana a Marte pode se realizar entre 2018 e 2030.
Msn
PARA 2026 - 05/09/2025