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‘Marmelada’ pode ter influenciado derrota de Anderson Silva

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publicado em 08/07/2013 ás 15h50

Havia um clima diferente antes da luta principal do UFC 162: “Silva vs Weidman”. O presidente Dana White surpreendeu ao declarar que o melhor lutador da história do Ultimate Fighting Championship teria direito à disputa imediata de cinturão se fosse derrotado por Chris Weidman.

O próprio Anderson Silva chegou a dizer que já havia completado o seu legado nas artes marciais mistas, modalidade em que conquistou os cinturões do Cage Rage, Shooto, Pride e UFC e que não buscava nenhum desafio maior para a carreira – a não ser uma luta contra o boxeador Roy Jones Jr.

Veio a luta e o público viu um desafiante focado, que logo no início da luta conseguiu aplicar uma queda, e a partir dali, começou a punir o campeão com punhos e cotovelos. A disputa poderia ter sido encerrada no primeiro round com uma chave de joelho, mas o brasileiro se defendeu bem e conseguiu se reerguer no octógono.

No minuto final, Silva deu sinais de que entraria definitivamente na luta e começou chutar com maestria e a provocar o americano mas o gongo soou e ele só pode dar um beijo no rosto do All-American antes de se dirigir ao córner para receber orientações de Rafael Feijão e Ramon Lemos.

No assalto seguinte, o lutador da X-Gym fez questão de tocar as luvas do adversário e abriu os braços incitando-o a partir para a luta franca como estratégia de atraí-lo para a troca de golpes, onde teoricamente era superior devido aos trinta anos de experiência no Muay Thai e o lastro de treinamento no boxe, Tae-Kown-Do, etc..

Ao ser acertado por um cruzado de esquerda, The Spider fez graça ao balançar o corpo como se tivesse sentido o golpe do oponente. O narrador do UFC sorriu, mas Chris se manteve focado, perseguindo Anderson que passou a desfilar no octógono com passadas laterais características do boxe.

Um pisão acertou Weidman e Ramon Lemos gritou do córner: “pisa!” – mas Anderson preferiu se retorcer e descer até a altura dos joelhos, mas o aspirante ao título não entrou na provocação e preferiu buscar, sem sucesso, o clinche. Silva abriu os braços em sinal de desaprovação e voltou ao centro do cage disposto não se sabe a quê.

Ao som de “Uh, vai morrer!”, Chris encaixou um golpe de mão esquerda e Anderson abriu a base, baixou o corpo e esperou por novos ataques. Weidman soltou a mão direita, a esquerda seguinte derrubou Silva, que sem base caiu em knockdown, e só restou ao então desafiante completar a sequência de socos até a interrupção de Herb Dean.

O gigante caiu agarrado às pernas do árbitro enquanto o novo campeão celebrava com euforia para surpresa do público presente à arena e dos fãs que acompanharam o espetáculo em todo o mundo. Mais de oitocentos mil pay-per-view foram vendidos às testemunhas da queda de então melhor lutador peso por peso.

Na conferência pós-UFC 162, Anderson Silva admitiu que a estratégia de trazer o opositor para o seu jogo não funcionou. Ele chegou a tentar o mesmo plano aplicado contra Stephan Bonnar em outubro do ano passado, quando ficou de costas na grade esquivando-se dos ataques, mas Chris Weiman foi impecável e não se deixou envolver pela teia do ‘aranha’.

Enquanto os analistas apontavam a deficiência na defesa de quedas do atleta paulista como principal risco de derrota, ele acabou sendo derrotado em pé e viu a incrível sequência de dez defesas de título ser interrompida por nocaute, o mesmo resultado que havia obtido contra onze rivais na organização.

Teoria da Conspiração – Um artigo da Forbes foi mais provocativo que Anderson Silva. Nele, o jornalista Chris Smith escreveu que uma derrota do campeão na madrugada de domingo seria uma vitória para o UFC porque as revanches são incrivelmente populares e mencionou a segunda luta do Spider contra Chael Sonnen, que vendeu mais de um milhão de ppv.

Smith antecipou a reconquista de título de Anderson e a terceira e decisiva luta contra o americano, que será – segundo ele – uma das mais aguardadas da história do MMA, mas apontou a perda de empolgação que uma super luta entre Silva e Georges Saint Pierre como principal perda, o que é verdade.

“As vitórias dos azarões são alguns dos momentos mais excitantes do esporte e a primeira derrota do maior de todos os tempos do UFC seria destaque nos noticiários, mas mais importante para o UFC e seus fãs, a derrota de Silva criaria uma incrível rivalidade a ponto da revanche poder desafiar a maior vendagem de pay-per-view obtida no UFC 100”, escreveu o xará do novo campeão do Ultimate.

Terra

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