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PRESIDENTE DO VASCO

MP-RJ pede afastamento de Eurico Miranda após problemas em clássico

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publicado em 14/09/2017 às 11h48
atualizado em 14/09/2017 às 08h49
(Foto: Paulo Fernandes / Vasco)

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu o afastamento do presidente Eurico Miranda e dos vices-presidentes do Vasco. O órgão acusa o mandatário de contratar integrantes de torcidas organizadas como seguranças em São Januário e de acobertar crimes praticados pelos integrantes dessas facções.

Conforme a reportagem do “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, o cartola foi acusado de acobertar a violência no clássico entre o Cruz-Maltino e o Flamengo, no dia 8 de julho, pelo Campeonato Brasileiro.

O pedido foi protocolado na última quarta-feira. De acordo com denúncia apresentada pela instituição, o clube teria contratado torcedores da Força Jovem, organizada banida dos estádios, e acobertado episódios de violência dentro de São Januário.

A ação pede destituição definitiva de Eurico e membros da diretoria, além de multa de R$ 500 mil.

Ainda conforme o processo do MP-RJ, o Vasco descumpre artigos do estatuto do torcedor sobre a violência no esporte ao apoiar a Força Jovem e compromete a ação da Polícia Militar em dias de jogos.

Segundo o órgão, no dia do jogo entre Vasco e Flamengo, o integrante da Força Jovem, Sidnei da Silva Andrade, conhecido como “Tindô”, foi contratado pelo clube para trabalhar como “Steward”, devidamente identificado com crachá do Vasco e colete refletivo. Na ocasião, ele ficou responsável pelo “Portão 09” do estádio, principal entrada das torcidas organizadas do clube.

De acordo com a ação, este fato pode ter contribuído para a confusão generalizada que ocorreu após a partida, tendo em vista a grande quantidade de objetos, bombas e outros artefatos que foram arremessados e disparados pela torcida vascaína contra os torcedores e jogadores do time rival, policiais, jornalistas e outros profissionais da área que se encontravam no estádio.

Ao telejornal da “TV Globo”, Eurico afirmou que a denúncia é absurda e motivada por interesses pessoais. Garantiu ainda que irá prestar esclarecimentos. Já a organizada Torcida Jovem, maior organizada cruz-maltina, disse que não tem vínculo com o clube e negou que seja dona de camarote no estádio.

Estádio interditado

No dia 8 de julho, São Januário foi palco de cenas de muita violência após o clássico entre Flamengo e Vasco, que terminou com um torcedor morto. Por conta do episódio, o estádio chegou a ser interditado pelo MP-RJ. No último fim de semana, dia 9, o clube enfrentou o Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro, já no seu campo pela primeira vez, porém sem a presença da torcida.

Na época do incidente, Eurico pediu desculpas pelas confusões protagonizadas por parte da torcida do clube, mas atribuiu os incidentes a questões políticas.

– Quero dizer claramente que algumas contribuíram para que isso no final viesse a acontecer. É algo que me parece, na verdade tenho certeza, é algo que já estava preparado. É algo que vinha sendo feito e preparado para que viesse a acontecer na primeira derrota que tivéssemos aqui em São Januário. Já houve uma tentativa no jogo contra o Corinthians – disse Eurico em uma coletiva um dia depois da confusão, no dia 9 de julho.

– Isso foi premeditado. Isso não é torcida organizada. É grupo político. Normalmente essas coisas são financiadas por alguém. Só visa a desestabilizar o futebol. Com o futebol indo mal, aí eles podem começar a aparecer.

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