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durante treinamento

Morcegos infectam bombeiros em caverna

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publicado em 09/06/2017 ás 18h34
atualizado em 10/06/2017 ás 08h38

Bombeiros que participaram de um curso de resgate em uma caverna em Brazlândia, no Distrito Federal, estão internados com suspeita de histoplasmose – infecção causada pela inalação de esporos de um fungo que é encontrado em fezes de pássaros e de morcegos.

O treinamento foi há cerca de três semanas, mas só agora os sintomas da doença começaram a ser sentidos pelo grupo. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros.

Segundo a corporação, pelo menos 18 pessoas, entre alunos e instrutores, apresentaram dores de cabeça e febre persistente. Todos estão sendo atendidos no Hospital Maria Auxiliadora, uma instituição privada na região do Gama.

Ao G1, os bombeiros disseram que, durante a preparação do teste, os instrutores não perceberam a quantidade de morcegos que havia no local. Durante o treinamento, participaram alunos, instrutores, médicos dos bombeiros e seguranças. O número de pessoas, ao todo, que esteve na caverna não foi divulgado pelos militares até a publicação desta reportagem.

A corporação disse ainda que a Vigilância Epidemiológica e a Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde foram acionadas para acompanhamento e confirmação do diagnóstico inicial. (veja nota completa abaixo).

Nota do Corpo de Bombeiros:

“Diante das notícias divulgadas em alguns veículos de informação acerca de situação envolvendo militares da corporação, o Corpo de Bombeiros Militar do DF vem a público esclarecer que:

Em razão da natureza das atividades do Corpo de Bombeiros, que inclui atividades de busca e resgate em locais inóspitos, faz-se necessária a adequada preparação dos militares para missões em locais ermos e cavernas, cujo treinamento ocorre por meio de cursos de especialização como o Curso de Tripulante Operacional.

Destarte, os militares do CBMDF passaram por treinamento de busca e salvamento em ambiente natural, situado na região de Brazlândia, a cerca de 15 dias. Após uma semana de ocorrido o treinamento, alguns militares passaram a apresentar sintomas semelhantes aos da gripe, com febre e desconforto respiratório, os quais persistiram após o uso de medicação comumente indicada para estes casos, levando-os a buscar atendimento médico para um diagnóstico mais assertivo.

 Diante do ocorrido, o CBMDF destacou um médico epidemiologista da corporação para acompanhar os casos e tomar as medidas que o caso requer.

As informações atualizadas na data de hoje indicam que 10 (dez) militares foram internados na rede hospitalar conveniada à corporação, sendo que 01 (um) já obteve alta e outros 02 (dois) têm previsão de alta em breve, em razão do quadro clínico que apresentam. Além destes, outros 10 (dez) militares também procuraram atendimento e não necessitaram de internação.

Outrossim, informo-vos que a Vigilância Epidemiológica e a Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde foram acionadas para acompanhamento e confirmação do diagnóstico inicial. O Corpo de Bombeiros esclarece que tem prestado todo o apoio necessário aos militares envolvidos, designando um corpo médico especializado para acompanhar o caso.”

G1