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A Odebrecht ofereceu pagar US$ 32 milhões ao governo da Colômbia como parte da colaboração nas investigações abertas sobre pagamento de suborno para conseguir obras no país, afirmou o Ministério Público local em seu site.
“A Odebrecht solicitou um princípio de acordo ao gabinete do Procurador-Geral, a fim de colaborar no processo e obter imunidade no sistema acusatório”, afirma trecho do documento.
“A acusação, de acordo com a lei, condicionou sua concessão ao pagamento de uma indenização integral do dano causado à administração pública na Colômbia por estes eventos, estimada em 32 milhões de dólares, o que foi aceito”, acrescenta o comunicado, informando que o acordo foi feito na véspera.
A empresa está negociando com diversos países acordos para encerrar as investigações sobre pagamentos de propina para obtenção de contratos.
A Odebrecht aceitou pagar US$ 59 milhões ao governo do Panamá como parte de negociações com a Procuradoria-Geral do país, que também investiga a empreiteira por pagamento de subornos a autoridades locais.
A companhia também havia fechado acordo com o Peru na semana passada, aceitando pagar inicialmente US$ 8,9 milhões e dar informação sobre pagamento de suborno, também para ganhar licitações de obras.
A empresa, um dos principais alvos da operação Lava Jato no Brasil, fechou acordo em dezembro com o Ministério Público Federal, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e com a Procuradoria-Geral da Suíça para pagar US$ 3,83 bilhões para por fim às investigações sobre seu envolvimento em atos ilícitos em 12 países.
A Odebrecht disse, em comunicado, que vem cooperando com autoridades brasileiras e estrangeiras para o avanço de investigações. “A extensa colaboração promovida demonstra o seu entendimento por uma necessária mudança de postura na relação entre entes públicos e privados. A empresa vem adotando as medidas necessárias para aprimorar seu compromisso com práticas empresariais éticas e de promoção da transparência em todas as suas ações, com o objetivo de virar a página e evoluir continuamente.”
G1
VEREADOR QUESTIONA - 09/10/2025