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Spielberg ruim também é bom

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publicado em 01/01/2016 às 14h44
atualizado em 01/01/2016 às 11h45

Lançado no Brasil no segundo semestre do ano passado, o filme ‘O Bom Gigante Amigo’ (The BFG, 2016), de Steven Spielberg, acaba de sair em DVD e Blu-Ray. É chato, lento e enfadonho. De maneira geral, seria perfeito para não ser visto. Seria…

O filme (adaptação do livro de Roald Dahl, publicado em 1982) conta a história de Sophie (Ruby Barnhill), uma órfã que é sequestrada por um gigante (Mark Rylance). Ela e o grandalhão passam a ser ‘best friend forever’.

Problema é que – levada para a Terra dos Gigantes – terá que enfrentar grandalhões não tão bonzinhos… ‘O Bom Gigante Amigo’ é sobre solidão, nostalgia e opressão. Mas, também é sobre esperança, inclusão e solidariedade.

A obra é a primeira experiência de Spielberg na Disney misturando atores com personagens virtuais criados pela técnica de captura de performance (câmeras infravermelhas gravam os atores, animados por computação). Já havia feito algo parecido em ‘As aventuras de Tintin’.

Spielberg sempre investiu em novos recursos. Listas de inovações podem ser vistas em ‘Tubarão’ (1975), ‘ET – O Extraterrestre’ (1982), ‘Jurassic Park’ (1993), ‘MIB’ (1997), ‘Guerra dos Mundos’ (2005) e ‘Transformers’ (2007), por exemplo.

E é isso que faz de ‘O Bom Gigante Amigo’ um filme que – mesmo ruim – precisa ser visto. Aos 70 anos de idade, Spielberg parece incansável na busca por novos formatos. O autor de ‘Prenda-me se for capaz’, ‘Goonies’ e ‘A.I.’ foge da mesmice …

Custoso acreditar que o diretor  de ‘A Lista de Schindler’ e ‘A Cor Púrpura’ seja o mesmo diretor de ‘O Bom Gigante Amigo’? Custoso, mas não impossível. Spielberg – genial – está em permanente reconstrução…

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