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Após morte de jovens, Juiz proíbe discotecas e festas em Buenos Aires

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publicado em 29/04/2016 ás 17h30

Um juiz da cidade de Buenos Aires decidiu nesta quinta-feira (28) proibir toda atividade de discotecas e festa com música com fim comercial na cidade. A decisão foi motivada por um recurso de amparo apresentado por uma associação civil e por duas federações, a de reciclagem e a universitária, contra o governo da cidade duas semanas depois da morte de cinco jovens, supostamente após o consumo de drogas, em uma festa de música eletrônica.

As entidades argumentam que as festas propiciam um contexto perigoso ao consumo de substâncias psicotrópicas. Segundo o juiz há um “quadro de impunidade e inexistência de controle estatal a respeito da atividade noturna”.
A medida vale para qualquer atividade comercial que tenha música, ao vivo ou gravada e de qualquer estilo. As únicas exceções são os clubes de tango tradicionais e os centros culturais, segundo informa a Reuters.

“A ideia não é proibir toda a atividade que não tem a ver com a música eletrônica, mas nós não temos a capacidade operacional para discriminar quais são de música eletrônica e quais não são”, disse à Reuters uma fonte envolvida no caso, que começou com uma denúncia de organizações não-governamentais.

De acordo com a medida, o governo da cidade deve cumprir com uma série de requisitos, como estabelecer um protocolo de atuação de inspetores e policiais para fiscalizar as festas e informar detalhes da inspeção.
A medida vale até que o governo cumpra com essas exigências, segundo informam os jornais locais. Os estabelecimentos que não obedecerem a ordem judicial, ou seja, que funcionarem, deverão ser fechados.
A decisão foi criticada pelos empresários do setor, segundo o jornal “El Clarín”, que dizem que vão apelar.

Uma onda de discussões teve início na Argentina nas últimas semanas depois que os cinco jovens morreram durante a edição local do festival Time Warp, o que lançou luz sobre um esquema de venda de entorpecentes e sobre a ausência de controles no cenário da música eletrônica.

G1

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