João Pessoa, 22 de abril de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, pagou mais de US$ 1 milhão para que um grupo de hackers profissionais o ajudasse a desbloquear o iPhone utilizado pelo autor do tiroteio em San Bernardino, na Califórnia, em dezembro do ano passado, que resultou na morte de 14 pessoas.
O salário do diretor do FBI é público e chega a US$ 181.500 anuais, por isso o total que Comey tem para receber de hoje até o dia em que deixará o cargo é de aproximadamente US$ 1,331 milhão. Segundo as palavras de Comey, pode-se inferir que o grupo de hackers recebeu um valor superior a essa quantia.
No dia 12 de abril, foi divulgado que o FBI contatou os hackers, que encontraram uma falha de software até então desconhecida e proporcionaram essa informação aos agentes para que eles pudessem criar um hardware que os permitisse ter acesso ao telefone.
Com isso, os investigadores puderam burlar a senha pessoal de quatro dígitos sem ativar um mecanismo de segurança usado pela Apple, que apagaria todo o conteúdo do telefone caso se introduzisse a senha incorreta mais de dez vezes.
Assim, o FBI conseguiu ter acesso ao telefone de Rizwan Farook, o responsável, ao lado de sua esposa, Tashfeen Malik, pela morte de 14 pessoas em dezembro, na Califórnia, após um longo litígio legal com a Apple, que se recusou a colaborar com os agentes.
A companhia alegou que, se acatasse aos pedidos do governo, colocaria em risco a privacidade de todos os seus dispositivos.
G1
NA CÂMARA - 02/10/2025