João Pessoa, 26 de fevereiro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Na sexta-feira (26), em Zurique, na Suíça, cinco candidatos vão disputar a eleição da presidência da Fifa.
Os dirigentes chamam a Fifa de “família do futebol”. São como parentes distantes que se encontram em Zurique.
Assim como a CBF representa o Brasil, cada país tem uma associação. No total, 209; mais que os 193 Estados reconhecidos pelas Nações Unidas.
Todos os países têm peso igual na Família Fifa – ainda que o futebol não seja familiar pra todos. Vanuatu que já goleou a Micronésia por 46 a 0 tem direito a um voto como o Brasil, um pentacampeão.
É um jogo complexo: a América do Sul que soma nove títulos de Copa do Mundo tem menos votos que a Oceania. Assim como a Europa, com 11 títulos mundiais, e a África, sem nenhum. Assim como as Américas do Norte e Central e a Ásia, que no futebol inclui a Austrália.
Pra ganhar logo no primeiro turno é preciso ter dois terços dos votos. Se houver segundo turno, ganha quem receber mais da metade. Desconfiado do processo, um dos cinco candidatos chegou a pedir cabines transparentes na hora da votação. O objetivo era impedir que os eleitores tirassem fotos das suas cédulas.
A suspeita do príncipe da Jordânia é que haja compra de votos. O tribunal negou o pedido de Ali al Hussein, que é ex-vice-presidente da Fifa. Ele conhece o jogo, sabe que dificilmente vai superar dois candidatos.
O suíço Gianni Infantino tem o apoio da federação europeia. Secretário geral da UEFA, ele diz ser “o único em quem o Mundo pode confiar”. É um nome ligado ao ex-dirigente Michel Platini – banido do Futebol por seis anos.
O principal rival é o sheik Salman al Khalifa, um favorito afogado por microfones de todo o mundo. Integrante da família real do Bahrein, preside a federação asiática e conta com apoio de Africanos.
Os outros dois são o ex-vice-secretário-geral da FIFA, Jérôme Champagne; e o empresário de minérios sul-africano Tokyo Sexwalle.
O homem que ocupa o cargo até sexta-feira (25) é Issa Hayatou. Todos naquela sala têm o seu preferido. Quis saber dele quem então iria ganhar. Irritado, ele respondeu “por que ele deveria saber?”. Assim, à flor da pele, a Fifa vota na sexta-feira (26).
G1
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