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Porta-bandeira Squel fez ritual para dar corpo a uma filha de santo

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publicado em 12/02/2016 às 13h00
atualizado em 12/02/2016 às 10h07

Imagem emblemática da vitória da Mangueira, Squel viveu um verdadeiro ritual para dar corpo a uma filha de santo na Avenida. Vaidosa, a porta-bandeira abriu mão do megahair e cortou os cabelos três dedos acima dos ombros. Tudo em nome da imagem mais fiel de uma iaô do candomblé.

Nos rituais afro, os iniciados passam por um retiro espiritual de 21 dias. Depois do período de recolhimento, acontece a primeira aparição pública do iaô, o filho de santo recém-iniciado (esse nome perdura até completar 7 anos da feitura).

— A careca simboliza um renascimento, é como um bebê, que ainda não tem a proteção dos cabelos. E a pintura é feita na cor do orixá, no caso, o branco, é a cor de Oxalá. É o momento em que a iaô é trazida para a sala, em sua primeira saída pública. O orixá incorpora na iaô pula, gira e solta o grito em iorubá, anunciando seu nome — explica o pesquisador de cultos afro e babalorixá Pai Paulo de Oxalá.

Squel ficou feliz pela repercussão do trabalho em páginas de umbanda e candomblé.

— Esse figurino foi um presente que recebi do Leandro. É um simbolismo muito bonito, uma honra pela pureza que ela representa. A Mangueira trouxe a religião católica, o candomblé, todo mundo junto e foi tão lindo. Mostra que todos podem conviver muito bem — defende a porta-bandeira, que se preparou por por cinco horas.

O responsável pela caracterização foi Kiko Alves:

— Ele ficou até as 8h30m para remover a peruca

extra.globo.com

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