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FORÇAS ARMADAS

Militares aplicarão inseticida nas casas na semana que vem, diz Aldo

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publicado em 11/02/2016 às 15h54
Brasília - O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, participa de audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, para discutir os preparativos para a Copa das Confederações, em 2013, e para a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014

O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, informou nesta quinta-feira (11) que militares das Forças Armadas irão entrar nas casas das pessoas entre os dias 15 e 18 de fevereiro para uma ação mais direta de combate ao mosquito Aedes aegypti, com a aplicação de inseticidas e larvicidas.

Segundo o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), almirante-de-esquadra Ademir Sobrinho, a entrada dos militares nas casas será feita, “preferencialmente”, com um agente de saúde.

Para o próximo sábado (13), está prevista uma ação em cerca de 350 municípios de todos os estados do Brasil, com a participação da presidente Dilma Rousseff e diversos ministros, mas que ficará restrita à orientação das pessoas com a entrega de panfletos. No total, deverão serão visitados 3 milhões de domicílios e distribuídos 4 milhões de folhetos.

O objetivo é informar sobre os cuidados necessários para eliminação dos focos do mosquito responsável pela transmissão da dengue, da chikungunya e do vírus da zika.

Questionado sobre o motivo pelo qual as tropas não iriam já neste sábado começar a aplicação de inseticidas, o ministro justificou que antes era preciso orientar as pessoas para garantir que as casas ficarão livres de focos do mosquito depois da aplicação.

Inicialmente, ele havia dito que as tropas ainda não estavam treinadas e que, por isso, o combate com inseticidas só iria acontecer numa etapa seguinte. No entanto, depois ele se corrigiu ao ser informado pelo almirante Ademir Sobrinho, que também participava da coletiva de imprensa, que todos os 50 mil homens das Forças Armadas que atuarão do combate já estavam treinados.

“Neste sábado, nós levaremos folhetos com as orientações e ações que devem ser adotadas pelas famílias e pelas pessoas dentro das suas residências no combate ao mosquito”, disse. “O governo não tem como ficar 24 horas na casa das pessoas”, completou.

Ele ressaltou a importância da participação da população para evitar a proliferação do mosquito. “Alguns chegam a falar que 3/5 dos casos da doença têm origem dentro da casa das pessoas. Ou seja, não adianta apenas o poder público limpar as áreas públicas se não houver uma mobilização da população para permanentemente remover os focos das casas, essa campanha não tem como ser vitoriosa”, afirmou.

Rebelo argumentou que, diante das ações do governo, não vê risco para as Olimpíadas. “Eu creio que, com o esforço que o governo está fazendo, com período em que os jogos olímpicos serão realizados no Rio de Janeiro, não creio que a Olimpíada possa sofrer nenhum prejuízo por conta disso. Infelizmente, os riscos ocasionados pelo mosquito não estão restritos ao Brasil, mas em outras partes do mundo”, sustentou.

Vacina
No início da tarde, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou uma parceria firmada entre o Instituto Evandro Chagas, sediado em Belém, e a Universidade do Texas, nos Estados Unidos, para desenvolver uma vacina contra o vírus da zika.

Segundo ele, a experiência das instituições pode encurtar o prazo de formulação do produto em laboratório para um ano. Depois, a vacina deve ser testada em animais e humanos por mais dois anos, antes de o imunizante ser aplicado em grande escala.

Terceira morte
Mais cedo nesta quinta, o Ministério da Saúde confirmou a terceira morte relacionada ao vírus da zika. A paciente era uma jovem de 20 anos, do município de Serrinha, no Rio Grande do Norte. Ela ficou internada em Natal durante 11 dias com problemas respiratórios. A morte foi em abril do ano passado, mas o resultado dos exames saiu apenas agora.

Pesquisadores anunciaram na quarta-feira (10) a descoberta de novas evidências que reforçam a associação entre o vírus da zika e casos de má-formação cerebral, citando a presença do vírus no cérebro de um feto abortado de uma mulher europeia que ficou grávida enquanto morava no Brasil.

Anteriormente, o vírus já tinha sido encontrado nas placentas de mulheres que tiveram abortos espontâneos e nos cérebros de dois recém-nascidos que morreram e que tinham microcefalia.

G1

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