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No último sábado (23), o médico e empreendedor Dalton Gadelha apresentou, durante a Feira do Empreendedor do Sebrae, realizada no Centro de Convenções de Campina Grande, a proposta de criação do Polo Médico de Campina Grande. A iniciativa busca integrar hospitais, universidades e sociedade civil para transformar a cidade em referência em saúde para o Nordeste e o Brasil.
Segundo Dalton Gadelha, o projeto vai além da medicina: envolve também educação, negócios, turismo, tecnologia e eventos, fortalecendo o desenvolvimento regional. “Precisamos mostrar nossa capacidade, não apenas no atendimento à população, mas também na inovação e na qualidade dos serviços de saúde”, destacou.
Polo Médico: um projeto coletivo
A proposta do Polo Médico prevê a união dos 12 hospitais de Campina Grande, incluindo o Hospital de Trauma e o Hospital da Mulher, para consolidar a cidade como centro de saúde de alta complexidade.
Dalton Gadelha também destacou o potencial do turismo médico, ressaltando que Campina Grande pode oferecer custos mais acessíveis sem abrir mão da excelência. “Queremos salvar vidas, mas também gerar desenvolvimento para a Paraíba, transformando a cidade em referência na medicina, na ciência e na pesquisa”, afirmou.
O Hospital HELP
Instalado em Campina Grande, o Hospital HELP é fruto desse propósito de cuidar da população. Hoje, atende 60% de pacientes do SUS e 40% da rede particular, sem distinção na qualidade do serviço. Conta com 2.131 colaboradores, tecnologia de ponta e uma equipe médica preparada para atender casos complexos.
“Sabemos que apenas 1% da população teria condições de buscar tratamento em São Paulo. Os outros 99% nós iremos cuidar aqui em Campina Grande”, reforçou Dalton Gadelha.
O hospital foi autorizado a realizar transplantes cardíacos e tem a meta de alcançar 1.000 cirurgias cardíacas até o final de 2025. Além disso, está em expansão para atingir 400 leitos.
Raízes e inspirações
Natural de Sousa, filho de José Gadelha e Dona Miriam, Dalton Gadelha cresceu em uma família com nove irmãos. Ele lembra que o sonho do pai era que todos se tornassem médicos, advogados ou engenheiros. “Seguimos o conselho dele, e graças a Deus deu tudo certo. Todos estão felizes em suas profissões”, afirmou.
Na infância, sem televisão, Dalton e o irmão Salomão esperavam diariamente a chegada do ônibus da empresa Gaivota, que trazia jornais e revistas. O hábito da leitura foi essencial para sua formação. Inspirado pela corrida espacial e pelo feito de Neil Armstrong, Dalton sonhava em chegar longe, sonho que, anos depois, se concretizou no campo da medicina.
MaisPB
- 26/08/2025