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A suplente do Republicanos em Campina Grande, Tatiana Medeiros, reagiu, em entrevista ao Portal MaisPB e Programa Hora H, a decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), que rejeitou, nesta quinta-feira (17), o pedido de cassação do mandato da vereadora Aninha Cardoso (Republicanos).
A ação alegava supostas irregularidades no processo eleitoral de 2024, especialmente em relação à desincompatibilização de cargo público e à veracidade das declarações prestadas no registro de candidatura. Na entrevista, Medeiros criticou a decisão da Corte e afirmou que o tribunal “cometeu um grande equívoco” ao não apreciar o mérito da denúncia.
“Nós enxergamos um grande equívoco do TRE por não ter sequer julgado o mérito. Que fique bem claro para os ouvintes que o TRE não julgou o mérito. Ele entendeu que nós perdemos o prazo para reclamar a fraude que aconteceu uma fraude dolosa, uma fraude gravíssima no registro de candidatura da senhora Ana Maria. Ela declarou para a Justiça Eleitoral que não era funcionária pública há seis meses e todos nós sabemos que uma declaração para justiça ela tem que ser entendida como verdadeira e ela era funcionária pública, continuou sendo funcionária pública e fez vários artifícios depois de perder o prazo pra se desincompatibilizar”, afirmou.
Tatiana defende que a discussão não pode se encerrar por questões processuais. Para ela, o caso envolve princípios maiores, como a lisura do processo eleitoral e o respeito as regras que garantem igualdade de condições entre os candidatos.
“Nós vamos entrar com todos os embargos necessários para corrigir essa situação de equívoco e também trazer moralidade para que a população se sinta realmente segura diante do processo eleitoral, não só em Campina Grande, na Paraíba, mas em todo o território nacional. A gente entende que isso não se trata de um mandato, isso se trata de ética, de transparência, de honestidade, de equidade, de respeito, principalmente com as candidaturas femininas”, concluiu.
Segundo a ex-candidata, a vereadora Aninha Cardoso declarou a Justiça Eleitoral que não ocupava cargo público nos seis meses anteriores ao pleito, o que seria um requisito legal para o registro da candidatura. No entanto, conforme documentos apresentados no processo, Aninha teria permanecido em cargo comissionado no gabinete do deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) até 13 de agosto de 2024, mais de um mês após o prazo legal de desincompatibilização, que se encerrou em 6 de julho.
“Só foi descoberto e nem foi por nós, foi até pela própria oposição, o nosso grupo que entrou inclusive com ações, pedindo recontagem de voto, pedindo outras investigações acerca dessa fraude, nós ficamos e recebemos essa informação através de terceiros, foi aí que nós soubemos de que havia essa fraude e entramos com o pedido cabível e era na época para a cassação do diploma de quem frauda o registro de candidatura”, relatou.
MaisPB
Wolney Queiroz - 16/07/2025