João Pessoa, 08 de julho de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Quero ser justo

Comentários: 0
publicado em 08/07/2025 ás 07h00
atualizado em 08/07/2025 ás 08h15

Embora admita que não consigo transformar as pessoas e não vim ao mundo para isso, meus canais de sensibilidade e caráter, são configurados para um homem de bem.

Eu tenho leitura em mim e faço a leitura das minhas atitudes, meus alvoroços  – e sou capaz de sentir a luminosidade  de uma obra como ´Noite Ilustrada´ de Van Gogh

O casal Roberto Justus e Ana Paula Siebert se pronunciaram domingo passado após ofensas feitas à filha, de cinco anos, terem ganhado repercussão em postagens na rede social X (antigo Twitter). Elas começaram depois que o casal publicou uma foto em que aparecem juntos ao lado da criança nas redes sociais, na sexta-feira. Na foto, a menina segura uma bolsa aparentemente de grife.

O que aconteceu contra Vicky Justus, de 5 anos, acontece todos  os dias, bem pior –  uma pessoa  entra numa rede social para extravasar o ódio, a insignificância, e opinar de forma violenta sobre tal postagem.

Desta vez,  foi o professor Marcos Dantas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que sugeriu o uso de “guilhotina”,  para a menina. Como assim? Um professor de uma universidade dizer isso. A vida dele é um inferno?

Uma psicóloga e outras pessoas também condenaram a foto.  O casal foi para a redes e anunciou que vai a justiça. Adianta?

Minha cognição, imaginação e sentimento são fundamentalmente precisos.  Meus pais me deram educação.

Vejo pessoas nos audiovisuais  abrindo camadas sobre camadas de uma irrealidade cruel com suas opiniões devastadoras. Chegam a ser verbosos.

Para interagir no mundo de hoje precisamos traduzir. E isso me dá uma percepção de viés, interpretada, indireta escambau. Transformada em narrativa que se conta em voz alta ou à meia voz. Às vezes, sussurrada. Uma coisa é dizer besteira, outra é escrever.

E, além disso, sou sertanejo, dado a transformar, jamais destruir.

Minha sintaxe requer o verbo e o complemento, o amor e a amizade, e quero ser justo, sempre

Kapetadas

1 – Putz! Por essa eu não esperava, meu anjo da guarda está fazendo terapia por minha causa.

2 – Não sei para onde vou quando deixar esse mundo, só espero que o check-out não seja demorado.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

[ufc-fb-comments]