João Pessoa, 26 de junho de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Um dia, entendemos que nada se possui, nada é nosso
Que tudo é um empréstimo, um sopro fugaz, uma nuvem passageira
As coisas que amamos, os laços que construímos,
São apenas reflexos do que a vida nos traz.
As risadas e lágrimas, os sonhos e medos,
Não pertencem a um só coração ou um só lar,
São fragmentos de histórias que juntos criamos,
E que a vida, em seu tempo, vem nos levar. Nada é espanto, a vida é assim mesmo.
Os sorrisos compartilhados nas manhãs ensolaradas,
As promessas sussurradas à sombra da lua,
Tudo flui como rios em correntes apressadas,
E o que hoje é nosso, amanhã pode ser de outra pessoa
A posse é uma ilusão que nos faz esquecer,
Que somos apenas guardiões de um instante,
E quando menos esperamos, a vida vem pra dizer:
“Agora é hora de devolução; seja grato e amável.”
Os bens materiais se vão como folhas ao vento,
As pessoas queridas podem se distanciar.
Mas o amor verdadeiro permanece em cada momento,
Nas memórias gravadas que não podem se apagar.
Assim seguimos nossa caminhada incerta,
Aprendendo a valorizar o que não se pode ter.
Pois no fundo da alma reside a centelha:
O que importa é viver e aprender a agradecer.
Um dia a gente aprende a soltar as amarras,
A entender que o apego só traz dor e pesar.
E ao final do caminho, quando as luzes se apagam,
Saberemos que viver é o maior legado a deixar.
Nada é nosso, apenas os sonhos
* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB
BOLETIM DA REDAÇÃO - 26/06/2025