João Pessoa, 28 de maio de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Fiquei envergonhada. A vida, com suas voltas e reviravoltas, se revelou um verdadeiro baile de máscaras. E eu, despretensiosamente, decidi entrar na dança com meu rosto verdadeiro exposto.
No início, tudo parecia uma festa. As pessoas dançavam ao som de risadas e conversas, cada uma com sua máscara brilhante e cheia de glamour. Mas eu, com minha face nua, sentia o peso do olhar alheio. O que eu pensava ser uma coragem para ser autêntico logo se transformou em um desconforto palpável.
A cada giro que dava, percebia que muitos escondiam suas inseguranças atrás de sorrisos falsos e poses ensaiadas. A máscara se tornava um escudo que os protegia da vulnerabilidade. E ali estava eu, sem me esconder, sem me disfarçar, sentindo a fragilidade das máscaras.
Mas a vergonha foi se dissipando à medida que compreendi que essa exposição também trazia liberdade. Eu não precisava me encaixar em moldes ou padrões; minha essência era suficiente para viver e brilhar. E, aos poucos, percebi que aqueles que dançavam com suas máscaras também admiravam a autenticidade que eu trazia.
Decidi então dançar do meu jeito, sem medo de julgamentos. Porque no fundo, todos nós estamos em busca de conexão genuína — e talvez a verdadeira beleza esteja justamente em mostrar quem somos por trás das máscaras.
Assim, deixei de lado a vergonha e abracei minha imagem. No final das contas, o baile é muito mais divertido quando somos nós mesmos no meio do salão.
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