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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Plumas de um velho pensar

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publicado em 21/06/2025 ás 07h00
atualizado em 21/06/2025 ás 08h15

Penso naquela última lagrima, quando chorava de rir, na única gota gelada do chuveiro, penso no primeiro amor, que não chega perto do derradeiro.

Penso nos deuses, nas ilíadas clandestinas que a febre deseja e percorre até virar suor, de tanto gozo. Penso nas cavalgadas do Roberto. Penso nos caretas e nas caretas que os palhaços fazem sem querer quando estão no picadeiro. Penso no fim da picada.

Penso no meu pai dizendo, “tudo passa” e tudo isso aqui era mato, meu pai. Penso na árvore de Augusto, na imagem exata diferente das estrelas ao ouvir Caetano Veloso, o melhor artista brasileiro impávido que nem Muhammed, apaixonadamente como Peri, tranquilo e infalível como Bruce Lee.

Penso numa aurora indecisa, nas horas aflitas, no Deus nos acuda, penso em calços de papelão, tanta gente sem calçados e tantos pianos mancos. Penso em Gal cantando Caymmi.

Penso em alguém a quem devo telefonar que atenda meus telefonemas, nesse alguém de manhã, tão bonita manhã, do dia da sorte ou da morte quaado se celebra ou desiste de usar a camisa que mais gosta, preferindo guardá-la para uma festa do interior, que teria na noite seguinte.

Penso nas mulheres rotas alteradas de Vinicius,

Penso no inferno de Rimbaud, no tempo perdido de Proust

Penso em você, noite e dia, penso em nós por exemplo, no controle remoto, e vejo tudo enquadrado, quando consigo pegar um filme do começo. Silêncio. Meia noite inteira.

Penso nas cartas de Tarot que Mariana Tavares me deu.

Penso em Drummond, o poeta escolhido

E não penso em mais nada.

“Não há salvação para mim”.

Kapetadas

1 – Para o mundo acabar de vez, só falta lançarem o iPhone 17 com entrada para disquete. Deu a bexiga!

2 – Puxa vida! Chegou o dia em que os idiotas pararam de fingir e começaram a governar o mundo.

3 – Ilustração verbete Homem, presente na Enciclopédia Iluminista, de Diderot.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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