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Professora Emérita da UFPB e membro da Academia Feminina de Letras e Artes da Paraíba (AFLAP]. E-mail: [email protected]

 A   JANELA

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publicado em 02/05/2025 ás 18h40

Vejo por aquela janela.

O horizonte a despertar,

Bonito e com paisagem singela,

Simples, profunda, que nos deixa a pensar.

Pensamento, que vai distante,

Ao ver o vento as folhas tocar.

Saudade, que bate na gente,

Do amor, que não pode voltar.

Janela que nos leva a imaginação.

Dela descortina-se a vida,

Cria-se, analisa-se fatos, que vão ao coração.

A dor da vida perdida.

Pela janela divaguei meus sonhos

Vi a lua a brilhar.

Caminhei no meu íntimo, tristonho,

Desenhei meus desejos, no sonhar.

Senti, no sonho o querer de outra realidade,

Andei nas minhas ilusões e fantasias.

Tracei, pensei na felicidade,

E se fosse diferente, como seria?

Talvez queira o que não existe.

Busco no sonho o que ele pode nos dar,

As ilusões e quimeras que persistem,

Por isso vale apenas sonhar.

A janela, profundamente, nos toca,

Como o sonho a retratar.

Pedaços da realidade, que sufoca.

Como se a quisesse camuflar.

A janela como o sonho,

Permite-nos só um angulo enxergar.

Esquece-se o todo enfadonho.

Fazendo-nos extasiar.

Daquela janela ao sair,

Voltamos a real situação.

Estava distante e não aqui,

Dava asas, a minha imaginação.

Como anda seu íntimo, no depender.

Aconselho a janela frequentar.

Ela serve de alento e provoca compreender,

Permite, na realidade sonhar.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB