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Venezuela atrasa exportação de petróleo e preços sobem

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publicado em 07/06/2018 às 13h35

A Venezuela está quase um mês atrasada na entrega de petróleo a clientes a partir de seu principal terminal de exportação, segundo dados de embarques, com atrasos crônicos e a redução na produção do país ameaçando levar ao rompimento de contratos da estatal PDVSA se os envios não forem liberados em breve.

A petroleira levantou nos últimos dias a perspectiva de que as entregas poderiam ser interrompidas para algumas das maiores refinarias do mundo, caso ela não consiga acabar com um gargalo em seus navios-tanque que tem contribuído para uma forte queda nas exportações de petróleo, que são a principal receita do país, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Navios-tanque que aguardavam para carregar mais de 24 milhões de barris de petróleo, quase o montante que a PDVSA embarcou em abril, estão parados no principal porto do país para petróleo, segundo os dados.

O acúmulo é tão grande que a companhia disse para alguns consumidores que pode declarar força maior, o que permitiria uma suspensão temporária dos contratos, caso os clientes não aceitem novos termos de entrega.

A Venezuela enfrenta ameaças de sanções norte-americanas e está em meio a uma crise econômica.

Os atrasos ajudaram a empurrar para cima os preços do petróleo Brent, que subiam cerca de 1% nesta manhã.

O petróleo Brent subia 0,86 dólar, ou 1,14%, a US$ 76,22 por barril, às 9h52 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos avançava 0,65 dólar, ou 1%, a Us$ 65,38 por barril.

Nesta quinta-feira (8), mais de 80 navios-tanque estão aguardando em águas venezuelanas, metade deles à espera de serem carregados com petróleo e produtos refinados para exportações, segundo os dados.

Os atrasos têm se acumulado desde maio, quando a PDVSA teve ativos confiscados, o que forçou a companhia a parar de usar instalações no Caribe para armazenar e carregar cargas. Mas o descumprimento de contratos de fornecimento de petróleo pela PDVSA começou há meses, quando a redução na produção se acelerou, segundo documentos internos da companhia.

A PDVSA não respondeu a um pedido de comentário da reportagem.

“As dificuldades em relação à oferta da Venezuela ocorrem em um momento em que a Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) está considerando reduzir os cortes de oferta que estão em vigor desde 2017 e foram implementados para aumentar preços”, disse Jasper Lawler, chefe de pesquisa do London Capital Group.

“A grande questão para o petróleo é se a Opep decidirá ou não reduzir os cortes de produção. Com a reunião ainda a duas semanas de distância, os operadores do mercado de petróleo podem estar entrando uma nova rodada de volatilidade.”

A Opep se reune com a Rússia em 22 de junho para discutir sua política de fornecimento.

O Iraque, membro da Opep, disse na quarta-feira que o aumento na produção não está na mesa. A afirmação veio após um pedido dos Estados Unidos por uma elevação da oferta.

Reuters

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